Crítica: O Protetor — Capítulo Final é o melhor da trilogia
Com Denzel Washington e Dakota Fanning, o último filme da trilogia de O Protetor entrega assassinatos mais críveis e roteiro bem construído
atualizado
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Chega aos cinemas nesta quinta-feira (5/10) o adeus à saga do agente Robert Mccall com O Protetor — Capítulo Final. Com direção de Antoine Fuqua, o longa-metragem apresenta aos fãs da franquia belas paisagens, muita ação e um Denzel Washington mais letal do que nunca.
O primeiro filme de O Protetor, lançado há quase 10 anos, apresentou ao público um dos papéis de maior sucesso de Denzel Washington, um ex-assassino do governo atormentado pelo passado, e que tenta expurgar os pecados sendo a justiça oprimidos. Utilizando para isso a sua melhor habilidade: matar.
O último filme da trilogia segue essa mesma premissa. Desta vez, Robert McCall vai parar em um vilarejo no sul da Itália para se recuperar dos ferimentos de um embate contra traficantes de drogas. Lá, ele se apega aos moradores e planeja viver a sua aposentadoria. Mas logo descobre que o chefão de uma máfia oprime, agride, rouba e mata seus novos vizinhos, e ele, claro, não vai deixar isso barato.
Em O Protetor 3 Robert McCall está ainda mais feroz e sem compaixão com os bandidos. Mas, com Denzel quase setentão, Antoine Fuqua teve que mudar o método usado pelo personagem para executar os seus inimigos. Os fãs não verão o ator pular precipícios ou correr em alta velocidade, pelo contrário, na maior parte da produção o agente se apoia em uma bengala para andar.
Tudo isso — a bengala, o olhar cansado do herói, o corpo que vacila — torna O Protetor ainda mais interessante e crível. É bem mais real ver Denzel fazendo um vilão urinar de dor com apenas um golpe certeiro, que, por exemplo, Tom Cruise saltando de moto de uma montanha (mesmo que ele faça isso de verdade). Robert vence a luta com 50% do esforço, e isso é mérito. E não se engane, são mortes rápidas e ferozes, que vão garantir bons sustos na plateia.
Outra grata surpresa do filme é a participação de Dakota Fanning, atriz que já trabalhou com o Denzel em Chamas da Vingança, de 2004, quando ela tinha apenas 10 aninhos. É muito legal ver a dobradinha dos dois em cena, 20 anos depois, agora com ela adulta. Só na última cena é possível compreender a ligação da personagem da atriz com a trama, mas o suspense também faz bem para o produto final.
Avaliação: Ótimo