metropoles.com

Crítica: novo Jogos Vorazes falha ao esquecer quem é seu protagonista

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, spin-off da saga, chega aos cinemas em 15 de novembro

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação
Foto colorida do filme Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do filme Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes - Metrópoles - Foto: Divulgação

Sabe aquele meme que diz “as expectativas foram quebradas”? Como uma fã insaciável da saga Jogos Vorazes, me dói dizer que A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, spin-off da produção de sucesso, é muito bem definido pela brincadeira da internet.

Antes do cancelamento por parte dos fãs do tordo, eu explico: quem leu o livro homônimo de Suzanne Collins sabe que a obra é focada em apresentar a juventude do homem frio e cruel que se tornaria Coriolanus Snow, o presidente de Panem e inimigo de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence).

E o livro faz isso muito bem. É possível entender, pela obra, o motivo de Snow, interpretado por Tom Blyth no filme, ser quem é e o porquê de ter incentivado a matança degenerada dos Jogos Vorazes.

Veja a opinião do Metrópoles sobre o filme:

O filme de Francis Lawrence (mesmo diretor dos outros quatro da franquia, por incrível que pareça…), por sua vez, se perde completamente quando esquece do básico: quem é o seu protagonista e o porquê de ele estar ali. No longa, a produção mostra demais de Lucy Gray Baird e transforma seu personagem principal em um menino chato, agressivo, enjoativo e buscando desesperadamente amor.

E com isso não estou dizendo que Rachel Zegler não mereça todos os palcos do mundo, afinal de contas, a atriz sabe tomar tudo para si. Mas a produção peca quando torna A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes em um filme quase musical — com Zegler na frente de todas as canções — e tenta transformar o tributo mulher do Distrito 12 em um rosto conhecido: isso mesmo, Katniss Everdeen.

Tudo isso não significa que A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes seja ruim ou “destrua” os quatro primeiros filmes da franquia, pelo contrário: o longa tem a fórmula perfeita para encher os olhos e os corações do fandom extenso de Jogos Vorazes, principalmente com suas referências a Katniss, ao tordo, ao Presidente Snow da saga original e ao que seria a fórmula da Capital para colocar ordem nas revoltas.

Além disso, é impossível dizer que um filme com o elenco do novo Jogos Vorazes, que estreia quinta-feira (15/11) nos cinemas, seja ruim. Rachel Zegler e Tom Blyth entregam tudo o que podem para se tornarem o casal dos sonhos, enquanto Viola Davis (Dra. Volumnia Gaul) e Peter Dinklage (Casca Highbottom) por muito pouco não roubam toda a produção apenas para eles.

E, vamos combinar: somente os dois primeiros filmes de Jogos Vorazes renderam US$ 1,5 bilhão em bilheterias, então é mais do que natural que a Lionsgate voltaria às telas com a sua galinha dos ovos de ouro. Por isso, não teve acerto maior do que escolher um novo enredo ao invés de inventar uma continuação completamente aleatória de Katniss, Peeta e Gale.

Dito isso, esclareço que, se você é fã dos filmes de Jogos Vorazes, a produção vai cumprir seu papel de matar a saudade da saga. Se você é leitor dos livros, a história é outra: pontos importantes fazem falta e mais detalhes da história do odiado, mas amado, Coriolanus Snow escapam do filme como água escorrendo pelos dedos.

Avaliação: Bom

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?