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Crítica: Clonaram Tyrone é um sci-fi provocante e muito divertido

Propondo uma discussão racial, Clonaram Tyrone é um acerto da Netflix no tema, após longas bastante genéricos

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Parrish Lewis/Netflix
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1 de 1 imagem colorida de Fontaine (John Boyega), Yo-Yo (Teyonah Parris) e Slick (Jamie Foxx) em Clonaram Tyrone da Netflix - Metrópoles - Foto: Parrish Lewis/Netflix

Clonaram Tyrone estreia, na Netflix, nesta sexta-feira (21/7). A data, em si, não teria nada muito especial, mas o longa chega ao streaming na mesma semana em que dois blockbusters prometem dominar a discussão: Barbie e Oppenheimer. Azarão nessa disputa, a ficção científica de Juel Taylor merece sua atenção (ainda mais se você quiser fugir do fuzuê dos cinemas).

No filme, o público é apresentado a uma periferia negra dos Estados Unidos. E três figuras centrais surgem: o traficante Fontaine (John Boyega), a prostituta Yo-Yo (Teyonah Parris) e o cafetão Slick Charles (Jamie Foxx). Os personagens se cruzam em meio ao que poderia ser uma tragédia, mas… acaba abrindo espaço para muitas questões.

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Yo-Yo (Teyonah Parris), Slick (Jamie Foxx) e Fontaine (John Boyega)

Clonaram Tyrone é sci-fi de luxo

Acontece que Fontaine é executado na porta da casa de Slick, enquanto o cafetão tinha uma discussão com Yo-Yo. Porém, no dia seguinte, Fontaine reaparece na casa de Slick, como se nada tivesse acontecido – aqui, há uma ótima referência a história de 50 Cent. A partir disso, os três decidem investigar o que está acontecendo.

A resolução, ao menos aquela mais superficial, é rapidamente resolvida. Fontaine, Yo-Yo e Slick não demoram a entender o mistério por trás da trama e, acredite se quiser, isso não é um ponto ruim do longa. Clonaram Tyrone se torna maior justamente quando decide refletir sobre sua resolução e não se perder em esconder pistas do público.

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Teyonah Parris vive Yo-Yo em Clonaram Tyrone

Clonaram Tyrone não se preocupa em ser sútil na crítica racial que o filme propõe, nem mesmo foge de abordar a complexidade do tema em questão. A força do filme reside, justamente, na capacidade de, por meio do humor e de uma estética atrante, abrir os olhos para uma realidade que transborda das telas da ficção.

É ficção-científica em sua essência: quando a tecnologia extrapola e convida a discutir a condição humana em sua complexidade.

Avaliação: Excelente

P.S.: Tudo indica uma nova franquia vindo por aí.

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