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Pais criam ambientes seguros para filhos em serviços de streaming

Os meios de comunicação se adequaram ao universo infanto-juvenil e andam de mãos dadas com os pais para proteger os pequenos

atualizado

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Myke Sena/ Especial para o Metrópoles
Eduarda Luz e Maria Luz mexendo no celular
1 de 1 Eduarda Luz e Maria Luz mexendo no celular - Foto: Myke Sena/ Especial para o Metrópoles

A internet é um vasto mundo de informações que permite acesso aos mais diversos conteúdos – desde coisas incríveis e informativas a assuntos violentos e tóxicos. Há opções fofas, como músicas para animais de estimação darem aquela relaxada. No entanto, existe grande variedade de filmes, séries e outras produções inadequadas para crianças e adolescentes, faixa etária bastante presente nas redes sociais e nos serviços de streaming. O novo comportamento dos jovens coloca um importante desafio aos pais: como filtrar o que os filhos consomem na web?

Twitter, Instagram, Facebook e YouTube ainda são um desafio para os pais que se não sabem como proteger os filhos de conteúdos impróprios. Outros meios que precisam de atenção são os streaming que, atualmente, são a principal plataforma para consumo de conteúdo audiovisual on-line no mundo.

A jornalista Maria Luz, mãe da Eduarda Luz, 12 anos, por exemplo, vive em uma intensa batalha de como filtrar o acesso da adolescente aos diversos conteúdos da internet e, neste caso, com um calvário ainda mais árduo: Duda é atriz e cantora e, por isso, usa as redes sociais, principalmente o Instagram e o YouTube, para divulgar seu trabalho.

“No caso do YouTube, eles fazem o trabalho de limitar ou não permitir comentários impróprios de acordo com a idade dela. Às vezes, vem falas depreciativas e até pornográficas, e eles apagam sozinhos. No Instagram, eu coloquei o acesso também no meu celular e controlo as mensagens que chegam para ela”, explica a jornalista.

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Maria se preocupa sobre como filtrar o acesso de conteúdos para a pequena
Eduarda Luz é digital influencer, atriz e cantora, e precisa das redes sociais para trabalhar
Os conteúdos e comentários que podem chegar para a pequena preocupam um pouco os pais
Duda tem 13 anos
Ela elenca o curta-metragem Foguete, que chegou até mostras de cinema internacionais
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A jornalista Maria Luz e a filha de 12 anos, Eduarda Luz, vivem em um embate com a tecnologia

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Maria se preocupa sobre como filtrar o acesso de conteúdos para a pequena

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Eduarda Luz é digital influencer, atriz e cantora, e precisa das redes sociais para trabalhar

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Os conteúdos e comentários que podem chegar para a pequena preocupam um pouco os pais

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Duda tem 13 anos

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Ela elenca o curta-metragem Foguete, que chegou até mostras de cinema internacionais

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Mas Maria sempre opta pelo diálogo, que considera a melhor opção

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Limite de idade

Andando de mãos dadas com os pais, as plataformas de streaming também se adequaram ao papel de ajudá-los a filtrar o conteúdo que os filhos acessam. Netflix, Globoplay, Amazon Prime e outros adquiriram o “filtro por idade”. O software é atualizado com informações sobre o consumidor e limita conteúdos que respeitem esta classificação indicativa.

Atualmente, existem plataformas criadas especificamente para as crianças. O YouTube desenvolveu um espaço para os pequenos: o YouTube Kids, onde há apenas desenhos e filmes infantis.

“Eu sempre aconselho a Duda a assistir filmes conosco primeiro, por essa questão do conteúdo mesmo. Às vezes, uma produção para a idade dela é imprópria e uma voltada a espectadores de 14 anos não”.

Tempo limite

Utilizadas da forma correta, as tecnologias tornam-se grandes aliadas dos pais. Além dos citados controles de idade que os meios sociais adquiriram, outros aplicativos podem ser utilizados para ajudar neste filtro do que é ou não adequado. Este é o caso da tecnologia Screen Time (tempo de tela, em tradução livre).

O Screen Time nada mais é que um limite de horário e controle de aplicativos que vêm instalado na própria tecnologia iOS, no caso dos iPhones, e pode ser baixado também em aparelhos Android. O meio permite escolher horários para uso do aparelho, seja tablet ou celular, e selecionar quais funções podem ser habilitadas ou não, além de ser necessário autorização dos pais para baixar qualquer conteúdo. Por fim, gera relatórios semanais sobre o comportamento virtual da criança ou adolescente.

No caso de Duda Luz, seu Screen Time permite o acesso a todos os aplicativos das 6h às 22h. “Meus pais têm a senha do Screen Time do meu celular, então eu não posso mudar o limite de tempo”, explicou Duda. Fora a tecnologia, Maria ainda definiu que a adolescente só pode usar o aparelho celular 2 horas por dia, regra da qual Duda discorda: “Acho que 4 horas seria melhor”.

A jornalista lembra ainda de outro detalhe importante quando o assunto é o filtro de conteúdos na internet: o diálogo com os jovens e com outros pais que também passam pela mesma situação!

“Estou em um grupo onde os pais perguntam como os outros fazem para filtrar o conteúdo dos filhos. Eu falei do Screen Time e do que fazíamos com a Duda. Ela já chegou naquela fase do ‘e a minha privacidade, mãe’. Mas, por conta do diálogo que temos, ela mesmo entende que alguns conteúdos precisam ser filtrados”, finalizou Maria Luz, com olhos orgulhosos para Duda.

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