Criadores perdem renda após fim do X no Brasil: entenda
Com a suspensão do Twitter/X no Brasil, o futuro dos criadores de conteúdo focados na plataforma se tornou incerto
atualizado
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Se você usava o Twitter/X com frênquencia, com certeza, já se deu de cara com perfis bem conhecidos na plataforma. Com postagens que viralizavam e até publicidade, estes usuários se tornaram influenciadores na rede social, em um sistema similar ao Instagram, por exemplo.
Com a suspensão do Twitter/X no Brasil, o futuro dos criadores de conteúdo focados na plataforma se tornou incerto. A rede social, que foi comprada por Elon Musk, pagava os influenciadores em dólares, um valor entre US$ 1 mil e US$ 40 mil por visualizações nas postagens, em um cronograma determinado pela empresa. Outra forma de renda eram as parcerias com marcas.
Apesar de o público ter se divido em duas redes sociais, Threads e Bluesky, a prática de publicidades e campanha ainda está em desenvolvimento. Um semana semana antes do Twitter sair do ar no Brasil, Babi Magalhães, produtora de conteúdo, fez a última publicidade na plataforma. Ela estava negocionando outros três contratos, que foram engavetados por conta da instabilidade do momento.
Apesar de ter brincado no Bluesky que está “desempregada” após a queda do X, a advogada tem outras profissiões paralelas, como o sonho de ser Promotora da Justiça, e trabalhos de ghostwritter para grandes marcas. “A Babi tuítera está sem contrato nenhum. E a Bárbara Magalhães publicitária tá ainda com contratos ativos”, comenta em entrevista ao Metrópoles.
Apesar de Babi ter uma outra possibilidade de renda, há criadores de conteúdo do Twitter que não tem. Por isso, já é a hora de pensar em uma estratégia, migrando para outras plataformas.
No Twitter, ela tinha cerca de 400 mil seguidores, conquistados ao longo de 8 anos de atuação na plataforma. Já no Bluesky, o número caiu para 56 mil, em que a maioria deles migraram com ela para a nova rede social queridinha dos brasileiros.
Bluesky X Threads
Segundo Babi, a divisão entre Bluesky e Threads se deu devido ao perfil dos usuários. Enquanto o app da borboleta atá agrandando os heavyusers do Twitter, a extenção do Instagram é focado em quem entrava vez ou outra na plataforma do Elon Musk.
Mais do que identificar onde o seu público está, é preciso entender qual é o cenário da plataforma em que vai “migrar”. No caso dos criadores de conteúdo do X, o desafio no Threads será os influenciadores do Instagram, que já estão consolidados na rede social.
Além disso, tem a questão de reconhecimento, o que pode influenciar a decisão de uma marca na hora de fechar uma parceria. “Um criador do Insta ganha 3x mais do que do Twitter”, pontua Babi.
Já no caso do Bluesky, o principal desafio é construir um perfil do zero, em uma plataforma que ainda está se desenvolvendo. Apesar de que o algoritmo “entrega bem mais para o público”, em comparação ao X, Babi afirma que nem ela nem as marcas se adpatarm a nova rede social.
“As marcas ainda estão descobrindo Bluesky”. É preciso entender como vão ser as estratégias de promoção. Como exemplo, ela citou que fez uma campanha no X com o foco de colocar o nome da marca no topo dos assuntos mais comentados. A rede, no entanto, não tem essa função, o que reduz as possibilidades de campanha dentro da plataforma.