Corpo da atriz Léa Garcia é velado no Theatro Municipal do Rio
Ela faleceu na terça-feira (15/8), em Gramado, onde seria homenageada no festival de cinema da cidade gaúcha. Enterro acontece às 15h30
atualizado
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O corpo da atriz Léa Garcia está sendo velado no Theatro Municipal do Rio, neste sábado (19/8), em cerimônia aberta ao público. A artista de 90 anos morreu na madrugada de terça-feira (15/8), em Gramado, no Rio Grande do Sul, onde seria homenageada pelo conjunto de sua obra, no festival de cinema da cidade. O velório acontece das 10 horas às 13 horas. Às 14 horas, haverá uma cerimônia fechada para familiares e amigos na capela do Cemitério São João Batista, em Botafogo. O sepultamento está previsto para as 15h30.
Léa sofreu um infarto, de acordo com seu filho e empresário, Marcelo Garcia. A organização do Festival de Cinema de Gramado também divulgou uma nota sobre o falecimento, na qual traça um breve perfil da carreira da atriz (leia a íntegra abaixo).
Léa Garcia participou de mas de cem produções em cinema, teatro e televisão. Notabilizou-se por atuações em grandes sucessos como “Selva de Pedra”, “Escrava Isaura”, “Xica da Silva” e “O Clone”.
Eis a íntegra da nota do Festival de Cinema de Gramado: “É com imenso pesar que a organização do Festival de Cinema de Gramado informa que a atriz Léa Garcia faleceu na madrugada de terça-feira (15/8), no hotel que estava hospedada em Gramado. A atriz receberia o troféu Oscarito, ao lado de Laura Cardoso. De acordo com o Hospital Arcanjo São Miguel, a causa da morte foi um infarto agudo do miocárdio. Dona Léa Garcia havia chegado a Gramado no último sábado (12/8), acompanhada do filho, Marcelo Garcia. A atriz circulava diariamente pelo evento, onde acompanhou diversas sessões no Palácio dos Festivais. Em uma de suas passagens pelo tapete vermelho, afirmou ao portal Acontece Gramado ter ‘enorme prazer’ em estar mais uma vez em Gramado. ‘Esse calor, essa receptividade com a qual a cidade nos recebe. Aqui tem um leve sabor de chocolate no ar. Obrigado a todos que fazem o festival, que participam e que concorrem. Aqui me sinto sempre prestigiada’. Léa Garcia possuía uma história antiga com Gramado, conquistando quatro Kikitos com Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. Aos 90 anos, a veterana detinha de um currículo com mais de cem produções, incluindo cinema, teatro e televisão. Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes, em 1957, por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França. Atuando em produções para televisão, cinema e teatro, Léa consolidou uma carreira de papéis marcantes em produções como Selva de Pedra, Escrava Isaura, Xica da Silva e O Clone. Foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens tradicionalmente destinados a atrizes negras. Tornou-se, assim, uma referência para jovens atores e admirada pela qualidade de suas atuações. Dona Léa seguia ativa nas artes cênicas. Em 2022, atuou nos longas Barba, Cabelo e Bigode, Pacificado e O Pai da Rita. Na segunda (14/8), havia confirmado negociações com a TV Globo para atuar no remake da novela Renascer. Possíveis alterações na programação do Festival de Gramado serão anunciadas em breve pela organização.”