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Consciência negra no mundo pop: séries e filmes sobre questões raciais

No Dia da Consciência Negra, listamos filmes e séries lançados recentemente que retratam questões raciais

atualizado

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Paramount/Divulgação
Fences, filme, Denzel Washington, Viola Davis
1 de 1 Fences, filme, Denzel Washington, Viola Davis - Foto: Paramount/Divulgação

Desde que “12 Anos de Escravidão” venceu o Oscar de melhor filme em 2014, coisas contraditórias vêm acontecendo no mundo pop. O número de artistas negros à frente e atrás das câmeras cresceu. Mais como reflexo de um progresso natural do que por consequência direta da estatueta.

O Oscar, maior vitrine do cinema americano, ignorou essa diversidade nas edições de 2015 e 2016. Foi quando surgiu a hashtag #OscarsSoWhite (“Oscar Tão Branco”), criada nas redes sociais para criticar a premiação e debater a falta de negros, latinos, gays e estrangeiros nas indicações. Em fevereiro, o Metrópoles especulou sobre as várias opções que os votantes da Academia ignoraram.

Ao longo do ano, como numa reação coletiva, mas não planejada, brotaram produções, entre filmes e séries, sobre questões raciais. Várias delas já rendem consideração para o Oscar 2017 (26 de fevereiro). Na telinha, o fenômeno se reflete na exploração de gêneros diversos, do musical ao documentário.

Neste domingo (20/11) em que se celebra o Dia da Consciência Negra, confira cinco opções de novíssimos séries e filmes que já merecem atenção ou expectativa de quem acompanha cultura pop:

5 FILMES: debate sobre preconceito, autoestima e identidade

“A 13ª Emenda” (leia crítica)
Ava DuVernay, de “Selma” (2014), filma uma radiografia crítica da situação dos negros nos Estados Unidos. A reflexão parte do sistema carcerário e investiga as raízes do racismo do país. Fortemente cotado ao Oscar. Ainda no documentário, o nacional “Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil”, sobre crianças escravizadas nos anos 1930, também figura entre os pré-indicados.

Disponível na Netflix

“Estrelas Além do Tempo”
Durante a Guerra Fria, as invenções tecnológicas não eram assinadas somente por homens brancos em jalecos. Um grupo de mulheres negras também participou ativamente de descobertas e pesquisas, mas ficaram relegadas da história oficial. O filme narra a trajetória das matemáticas e cientistas da NASA Dorothy Vaughn, Mary Jackson e Katherine Johnson.

Estreia em 19 de janeiro no Brasil

“Fences”
Denzel Washington já dirigiu algumas vezes. Claro, é mais conhecido pelos papéis em “Dia de Treinamento” (2001), pelo qual ganhou seu segundo Oscar, e “Chamas da Vingança” (2004), entre outros filmes. Em 2016, além de estrelar “Sete Homens e um Destino” (crítica), assina e protagoniza um drama sobre questões raciais nos anos 1950. Baseado na peça de August Wilson e com Viola Davis no elenco.

Estreia em 25 de dezembro nos EUA e sem previsão no Brasil

“Loving”
O novo filme de Jeff Nichols (“O Abrigo”) dramatiza o caso envolvendo o relacionamento entre um homem branco e uma mulher negra. À época, em 1967, os dois foram presos após se casarem. A decisão judicial validou a união e tornou inconstitucional a proibição, herdada do segregacionismo do século 19. Os atores Joel Edgerton e Ruth Negga já aparecem em especulações para o Oscar 2017.

Sem previsão de estreia no Brasil

“Moonlight”
Em termos simples: é o filme sobre questões raciais mais comentado da temporada. Também inspirado em peça de teatro, o drama navega pela vida de um homem negro em Miami, na Flórida, da infância à juventude. Produção independente, custou apenas US$ 5 milhões e é quase indicação certa para melhor filme no Oscar 2017.

Sem previsão de estreia no Brasil

5 SÉRIES: diversidade de gêneros e temas

“Chewing Gum”
Mais uma produção inspirada em espetáculo de teatro. Baseada parcialmente na vida da atriz e roteirista Michaela Coel, a sitcom acompanha as descobertas sexuais de uma jovem virgem e cristã. A primeira temporada reúne seis episódios. Já foi renovada para um segundo ano, ainda sem data de estreia.

Disponível na Netflix

https://youtu.be/NaxfH5v8YR0

“The Get Down”
As origens do hip-hop recebem tratamento de drama musical no programa, ambientado no fim dos anos 1970, em Nova York. Jovens criativos criam batalhas de rimas, danças urbanas e intervenções artísticas numa metrópole massacrada pela violência e pela crise econômica. O seriado carrega a assinatura de Baz Luhrmann (“Moulin Rouge”) e Stephen Adly Guirgis.

Disponível na Netflix

“Insecure”
Um seriado sobre autoestima, profissão e vida afetiva das mulheres negras. Extensão da websérie “Awkward Black Girl”, da atriz e roteirista Issa Rae, o programa explora dificuldades e desafios de uma jovem no mundo contemporâneo. Issa divide a criação com Larry Wilmore, vencedor do Emmy pela série “Bernie Mac, um Tio da Pesada”.

Em cartaz na HBO

“Luke Cage”
Estreou em setembro e já rivaliza com “House of Cards” e “Orange Is The New Black” entre as séries mais populares da Netflix. A produção adapta o super-herói dos quadrinhos da Marvel e assimila frontalmente questões de raça e o movimento Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”). Vale ouvir a trilha com atenção: Charles Bradley, Delfonics, Sharon Jones & The Dap-Kings e Method Man.

Disponível na Netflix

“O.J.: Made in America”
O documentário sobre racismo e celebridade narra as contradições da vida de O.J. Simpson. O ex-jogador de futebol americano foi absolvido por assassinato na década de 1990 e depois preso por outro crime anos depois. Produzida para a seção de documentários do canal ESPN, a minissérie de quase 8 horas ganhou distribuição nos cinemas para se tornar elegível ao Oscar 2017. Em 2016, o caso foi dramatizado na série de ficção “American Crime Story” (leia sobre).

Disponível no Watch ESPN

 

Colaborou Gabriela de Almeida

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