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Conheça oito ilustradores do DF que estão valorizando a arte local

Com grafiteiros, desenhistas e designers, o DF tem se tornado celeiro de nomes de destaque nas artes visuais nos últimos anos

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grafite de gurulino com personagem rosa dj de óculos
1 de 1 grafite de gurulino com personagem rosa dj de óculos - Foto: Reprodução/Instagram

Seja na internet ou pelas ruas da cidade, diversos ilustradores do DF têm conquistado seu espaço nos últimos anos. A capital, tal como o público nos meios digitais, mostra que é possível abraçar artistas de diversas gerações, e que ilustradores conseguem, e devem, “viver da sua arte”. Conheça abaixo o trabalho e a carreira de alguns dos artistas visuais de Brasília que fazem mais sucesso.

Felipe Cavalcante

Nascido na capital, Felipe Cavalcante descobriu logo cedo que gostava de desenhar: cresceu em uma família que “sempre teve arte por perto”. Seu tio Roger Mello, também ilustrador, foi uma de suas principais referências e os dois já trabalharam juntos.

Formado em Design pela Universidade de Brasília (UnB), Felipe fez ilustrações para o livro Clarice, lançado em 2018. O trabalho, publicado em parceria com seu tio, rendeu um prêmio Jabuti, considerado um dos mais importantes da arte e literatura brasileira, na categoria Melhor Projeto Gráfico. Além disso, já expôs seu trabalho em São Paulo, no Rio de Janeiro e até fora do Brasil.

Fernando Lopes

Ilustrador e artista plástico, Fernando Lopes nasceu no Rio de Janeiro e começou sua carreira em 1972, aos 15 anos, quando fez uma exposição no Chile. Desde 1982 está na capital e ilustrou para veículos de imprensa, o Hospital Sarah Kubitschek, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Federal de Justiça (CJF). 

Em 2019, suas obras entraram em cartaz na Caixa Cultural de Brasília, em comemoração aos 50 anos de carreira e os sete prêmios conquistados.

Fernando afirma que seu trabalho reúne uma mistura de influências do surrealismo, do expressionismo e do cubismo. Para ele, o que é importante para qualquer artista é o reconhecimento:  “Quando as pessoas veem (o trabalho), e essa carga de crítica social que você pretende que o trabalho tenha, você percebe que o trabalho está sendo realizado.”

 

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O desenho virou até um boneco inflável e foi usado em manifestações contra o atual governo
As obras do ilustrador estão presentes por paredes e murais da cidade
O personagem Gurulino é uma presença constante pelos murais de Brasília
Os desenhos não existem só como grafites: o perfil no Instagram tem 65 mil seguidores
Pedro Sangeon é o artista por trás de Gurulino, personagem que estampa ruas e painéis do DF
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Ilustração de Bolsonaro feita pelo brasiliense Renato Moll repercutiu para além do meio artístico

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O desenho virou até um boneco inflável e foi usado em manifestações contra o atual governo

Reprodução/Instagram
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As obras do ilustrador estão presentes por paredes e murais da cidade

Reprodução/Instagram
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O personagem Gurulino é uma presença constante pelos murais de Brasília

Nicolau Ferraz/Metrópoles
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Os desenhos não existem só como grafites: o perfil no Instagram tem 65 mil seguidores

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Pedro Sangeon é o artista por trás de Gurulino, personagem que estampa ruas e painéis do DF

@gurulino/Instagram/Reprodução
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O livro Clarice, com ilustrações do brasiliense Felipe Cavalcante, venceu um prêmio Jabuti em 2019 de Melhor Projeto Gráfico

Arquivo Pessoal/Felipe Cavalcante
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Felipe gosta de formas diversas de ilustrações e inclusive dá aula no Departamento de Design da UnB

Arquivo Pessoal/Felipe Cavalcante
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Fernando Lopes é ilustrador há 50 anos e trabalhou por mais de 20 em veículos de imprensa

Arquivo Pessoal/Fernando Lopes
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Fernando diz que seus desenhos têm influências do surrealismo, do expressionismo e do cubismo

Arquivo Pessoal/Fernando Lopes
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Criado por Ana Laura Pinheiro, o Positivossauro espalha mensagens de que a vida pode ser leve pelas redes sociais

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"Ben", como foi batizado, está presente também em murais de Brasília

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Além dos grafites, a artista gosta de fazer tirinhas para passar a mensagem do Positivossauro

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Clarissa Paiva define sua arte como uma homenagem constante à infância feminina

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A artista morou em Nova Iorque e possui referências de artistas do mundo inteiro

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Brixx Furtado cresceu no Cerrado e tem como referência sua infância em ambiente rural

Arquivo Pessoal/Brixx Furtado
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A artista multidisciplinar se encontrou nas ilustrações digitais após experimentar diversas formas de artes visuais

Arquivo Pessoal/Brixx Furtado
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A flora e fauna do bioma servem como referência para a artista

Arquivo Pessoal/Brixx Furtado
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Natural do Pará, Michelle Cunha morou em Brasília e deixou suas ilustrações por todo o DF

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A paraense ilustra uma coruja como representação da capital do país

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Ana Laura Pinheiro

Estudante de Jornalismo na Universidade de Brasília (UnB) e criadora do Positivossauro, Ana Laura criou o dinossauro Benjamin em 2016. Inicialmente desenhado no papel, Ben ganhou uma versão digital em 2018. Com apenas três mil seguidores no Instagram no começo de 2021, hoje os perfis do Positivossauro nas redes sociais têm mais de 63 mil fãs.

Segundo a artista, Benjamin foi uma criação espontânea durante o ensino médio, por “neura e ansiedade” com provas e a pressão da escola. A ideia, inclusive, era ilustrar algo, de fato, positivo. “A principal mensagem que quero passar é que a vida pode ser mais leve”, conta a ilustradora.

Levantar a discussão sobre saúde mental e o autocuidado é uma das prioridades de Ana Laura.

“Eu gosto muito de propagar a ideia de que as pessoas podem procurar ajuda se estiverem precisando, seja um terapia, um tratamento”, disse.

Pedro Sangeon

Nascido em Brasília, Pedro Sangeon formou-se em Artes Visuais pela UnB, onde começou a ilustrar e produzir intervenções urbanas, como o grafite. Durante um período de sete anos na Europa, fez o primeiro desenho do Gurulino, personagem pelo qual é mais conhecido hoje. 

Em 2012, passou a ocupar seu espaço nas ruas de Brasília desenhando Lino, um “cara comum numa incrível viagem pelo seu universo interior”. A série de ilustrações Gurulino levanta reflexões sobre a natureza das coisas, das pessoas e de si mesmo. 

Para encontrar seus desenhos, basta andar por qualquer “canto” da cidade, já que Gurulino está presente em murais e paredes por todo o DF.  

Clarissa Paiva

Brasiliense, Clarissa Paiva morou na capital até os 7 anos, quando se mudou para Nova Iorque. Por ter vivido em um dos maiores polos culturais do mundo, criou um leque amplo de referências e influências artísticas. 

Formada em Artes Visuais pela UnB, hoje ela manifesta “um carinho pelo Distrito Federal” espalhando pinturas, lambe-lambes, e stencils pelos muros e ruas. Em 15 anos de carreira como profissional criativa, já atuou como arte-educadora, diretora de arte, autora e designer.

Brixx Furtado

Conhecida pelo nome artístico, Fabrícia tem 34 anos e viveu a vida inteira no Cerrado. Brasiliense, Brixx Furtado se considera uma artista multidisciplinar, já que se dedica ao grafite, pinturas em tela, colagens, bordados e ilustrações digitais.

Ela começou a vida artística ao fazer pinturas em tela na escola, em 2003, por influência de uma professora de artes. Autodidata, descobriu o universo da ilustração digital em 2010.

A vida e a arquitetura do Cerrado são a maior inspiração de Brixx, que já expôs seu trabalho fora de Brasília — e até do Brasil. Colômbia, Chile e Canadá são alguns dos países onde sua obra está presente.

Michelle Cunha

Natural do Pará, Michelle Cunha viveu mais de 10 anos na capital do país. Em 2012, ela criou uma personagem que representa Brasília: uma coruja. Antes de se mudar para o DF, ela trabalhou com educação, oferecendo oficinas e dando aula. 

Em Brasília, passou a ter sua arte como meio de sustento e explorou diversas formas de expressão visual, como as telas e o grafite. Hoje, suas obras podem ser encontradas pelas regiões administrativas do DF. Em 2020, a artista se tornou a primeira mulher nortista escolhida para ilustrar produtos da Natura.

Renato Moll

Renato nasceu no DF e viveu sua vida toda no quadradinho. Desenhista, ele teve como inspirações iniciais desenhos que sua mãe fazia na capa dos cadernos que levava para a escola, quadrinhos da Turma da Mônica e obras da Disney.

Apesar de ter cursado Artes Visuais na UnB, não chegou a formar. No entanto, estudou ao longo da vida sobre HQs, animação 2D, ilustração digital, modelagem e animação 3D. Para Renato, seus desenhos são uma ferramenta de transformação social: “Eu me vejo como um artista utópico, que busca viver da sua produção autoral e lutar para que seu trabalho seja efetivo, transformador, em busca de uma vida digna para toda a vida no planeta”.

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