Confira as celebridades que foram “canceladas” em 2020
Gabriela Pugliesi, Neymar, ex-BBBs e até o médico Drauzio Varella não escaparam do tribunal das redes
atualizado
Compartilhar notícia
A prática do cancelamento não começou em 2020, mas o “Tribunal da Internet” distribuiu várias “sentenças” este ano. Grandes nomes da música e do universo do entretenimento tiveram que enfrentar o famoso “boicote”. Nem personalidades queridas pelo público, como o médico Drauzio Varella, escaparam dos julgamentos por condutas consideradas reprováveis.
Em clima de retrospectiva, confira as celebridades que foram canceladas em 2020.
Alessandra Negrini
Ainda em fevereiro, a atriz foi muito criticada por se vestir de índia ao desfilar no Carnaval de rua de São Paulo. Com pinturas corporais e vestindo um cocar, Alessandra foi enquadrada por muitos no contexto de apropriação cultural, discussão que permeia debates durante o período festivo. Após as críticas, Negrini publicou no Instagram uma nota oficial da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que defendeu a atitude dela.
Gabriela Pugliesi
No mês de abril, em meio à pandemia de Covid-19, a influenciadora digital desagradou a web ao postar uma série de stories no Instagram mostrando uma festa que promoveu na própria casa, ignorando as determinações de isolamento social.
Em um dos cancelamentos de maior impacto financeiro, Gabriela Pugliesi fez um pedido de desculpas que não foi bem-sucedido. Em uma semana, ela perdeu 89 mil fãs no Instagram e, segundo o jornal Folha de S. Paulo, pode ter tido prejuízo de R$ 3 milhões por cancelamentos de contratos.
Anitta
Se tem alguém que entende de cancelamento é Anitta. A cantora já foi cancelada e “descancelada” diversas vezes por motivos relacionados a posicionamento político, relação com outros artistas, entre outros. Este ano, um desentendimento com a cantora Ludmilla deu o que falar.
A polêmica começou ainda em 2019 em função da autoria da da música “Onda diferente”. Em um vídeo publicado no Instagram, Ludmilla compartilhou uma série de atritos entre as duas, com duras críticas à colega.
Thaila Ayala
No auge da pandemia de coronavírus, Thaila Ayala anunciou o lançamento de sua nova marca de roupas. O nome escolhido, Virus 2020, deu o que falar negativamente. Após a repercussão, ela decidiu mudar o nome para Amar.ca. À revista Vogue, a artista explicou que “a intenção era associar à ideia de viralizar na rede social”, em uma “leitura equivocada do contexto do momento”.
Luiza Sonza e Vitão
Quando Luísa Sonza, que tinha anunciado o fim do casamento com Whindersson Nunes em abril, assumiu em setembro que estava namorando Vitão, foram poucos os que vibraram pelo novo casal. Após assumirem o romance, o casal enfrentou uma enxurrada de comentários negativos nas redes, acusando os dois de terem traído Whindersson Nunes.
JK Rowling
A autora da saga Harry Potter virou um nome ‘proibido’ após compartilhar um comentário preconceituoso no Twitter, quando foi acusada de transfobia. Em resposta a um artigo de opinião do site de desenvolvimento global Devex, ela comentou uma manchete que falava sobre “pessoas que menstruam” e criticou os termos utilizados.
Drauzio Varella
Em março, o médico Drauzio Varella entrevistou uma detenta em um presídio da cidade de Guarulhos e lhe deu um abraço. A entrevista era parte de uma matéria sobre as vivências de mulheres trans em presídios masculinos.
Suzy não recebia uma visita há oito anos e o médico se emocionou com sua história. O ato virou motivo de cancelamento quando internautas descobriram que a detenta foi presa por ter matado e estuprado um menino de dez anos em 2009. Em nota de esclarecimento, o médico disse: “Não sou juiz”.
BBB 20
Este ano, a cultura do cancelamento conheceu a modalidade ‘cancelamento coletivo’. Os participantes da última edição do Big Brother Brasil Hadson, Lucas, Prior e Petrix foram acusados de machismo ao bolarem um plano para seduzir as participantes comprometidas com o objetivo de prejudicar a imagem delas diante do público.
O plano foi descoberto e revelado para as participantes reality, por Marcella e Gizelly, e Bianca Andrade foi cancelada por não ter acreditado nas sisters imediatamente. Já Mari Gonzalez foi extremamente criticada ao dizer que achava a zoofilia normal.
Mais adiante no jogo, Daniel foi cancelado após uma série de comentários homofóbicos e machistas como o de que “não existe esse negócio de lésbica”. Gui Napolitano entrou para a lista dos cancelados por causa de seu relacionamento com Gabi Martins, avaliado por alguns telespectadores como abusivo.
Personalidades queridas pelo público, como Babu Santana, foi criticado por chamar Daniel de ‘viadinho’. Pyong, por sua vez, perdeu o carinho do público depois que importunou sexualmente as colegas, e a finalista Manu Gavassi foi chamada de racista quando comentou que achava o casal de loiros Marcela e Daniel “esteticamente extremamente agradáveis”.
A participante Ivy foi cancelada por críticas recorrentes ao visual black de Babu, e Gizelly entrou para a lista quando fez um comentário sobre a base que a vencedora Thelma usava. “O que a Thelminha passa na cara, é barro?”, disse ela na ocasião.
Netflix
Nem grandes marcas de entretenimento escaparam do Tribunal das Redes. A plataforma de streaming foi muito criticada após o lançamento do filme francês Mignonnes (Lindinhas, em português), no início de setembro, e registrou um aumento significativo na taxa de cancelamento do serviço. A obra discute a hipersexualização de pré-adolescentes nos tempos atuais.
Carlinhos Maia
Durante o Natal, o humorista foi novamente cancelado. As críticas foram voltadas a uma festa que Carlinhos deu, para centenas de pessoas, na Vila Primavera, em Penedo (AL). O evento gerou aglomeração e reuniu celebridades entre os convidados e atrações musicais, como Gabi Martins, Tierry, Dennis DJ, Calcinha Preta e Rodrigo Teaser.
Neymar
O mais recente cancelado da lista é o jogador de futebol, que foi acusado de organizar uma espécie de festival para celebrar o Réveillon na cidade de Mangaratiba, Costa Verde, Rio de Janeiro. O “Neymarpalooza” teria começado no sábado (26) e vai até dia 1º de janeiro. Celulares estariam proibidos no evento, feito para 500 pessoas, com atrações musicais como Alexandre Pires, Kevinho, Bruninho e David e Jeito Moleque.
A comemoração virou notícia nos principais jornais de diversos países. O jogador também foi notificado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) após várias reclamações por causa da festa.