Confetes e fantasias. Bloquinhos de pré-carnaval movimentam a cidade neste sábado (30/1)
Durante todo o dia, sobrou animação aos foliões brasilienses. Fantasias lindas e muita música agitaram o Desodorante da Asa, Galo Cego, Encosta que Cresce, Bloco do Peleja, Tuthan-kas-Mona e Fio Desencapado
atualizado
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O Distrito Federal já está tomado por confetes e fantasias. Neste sábado (30/1), seis bloquinhos de rua agitam o Distrito Federal. No Cruzeiro, o Desodorante da Asa reúne a bateria da Aruc com os blocos Pierrot, Nordestino, Gaga Vião, Sapekaí, entre outros.
A mudança do bloco carnavalesco Suvaco de Asa para o Eixo Monumental não foi vista com bons olhos pelos foliões do Cruzeiro Velho. Assim, a quadra 10 da região administrativa, onde funciona o Quiosque da Codorna, fechou algumas de suas ruas para receber o Desodorante da Asa, que estreou neste sábado (30/1) às 10h. A folia segue até as 18h.
Alegria pra todos
Pela manhã, as crianças se divertiram com blocos infantis e brinquedos, como pula-pula. Comerciantes e food trucks garantem o conforto dos participantes.
Em uma das tendas, estavam reunidas 50 mulheres do bloco Toda Boa, criado há três anos para receber as carnavalescas do Cruzeiro. “Permanecer aqui é um ato de protesto contra a mudança do Suvaco. Somos daqui e aqui iremos permanecer”, afirma Adriana Soares, uma das organizadoras do grupo.
Galo Cego
Os carnavalescos estão reunidos desde as 13h em frente ao bar Outro Calaf, no Setor Bancário Sul, para promover o bloco Galo Cego. “Conseguimos reunir cerca de 6 mil foliões aqui. É uma festa da boa”, garante Wendel Nunes, um dos responsáveis pela festa.
E a criatividade das fantasias chamam a atenção, do Japonês da PF até Jedi, do “Star Wars”. A bateria do bloco muniu-se de instrumentos de percussão e fez o evento ficar ainda mais divertido. Eles irão passear por todo o Setor Bancário Sul e a galera, animada, vai atrás, provando que brasiliense tem, sim, muito samba no pé.
E a criatividade das fantasias chamam a atenção, do Japonês da PF até Jedi, do “Star Wars”. A bateria do bloco muniu-se de instrumentos de percussão e fez o evento ficar ainda mais divertido. Eles irão passear por todo o Setor Bancário Sul e a galera, animada, vai atrás, provando que brasiliense tem, sim, muito samba no pé.
Convite para crescer a folia
A Funarte, no Eixo Monumental, foi o ponto de encontro da juventude da capital. Com cerca de 2,5 mil pessoas, o bloco Encosta Que Cresce anima o local com bastante samba e pagode. “O sol forte assustou um pouco a galera, mas tem mais gente chegando. Vamos oferecer folia até as 22h”, disse Edson Sertão, responsável pelo bloco.
Por volta das 18h, o trio elétrico receberá o show do grupo de percussão Batukenjé e botará o carro para circular pela área, passando perto da Feira da Torre. No local, há sete food trucks e barracas vendendo bebidas. Para reforçar a segurança do evento, a organização contratou brigadistas e profissionais particulares.
Samba não é barulho
Com os dizeres “Samba não é barulho” nos abadás, o Bloco do Peleja inaugurou neste sábado (30/1) trazendo os clássicos do estilo musical e reunindo gente descolada da cidade. O local escolhido para festa não podia ser mais acertado: a comercial da 201 Norte, local em que funcionava o Balaio Café. O estabelecimento era um dos principais pontos da noite brasiliense e, mesmo recebendo grande público, encerrou as atividades após constantes multas impostas pela Lei do Silêncio.
Ao todo, a PM contabilizou 1,5 mil foliões, que pulavam, dançavam e cantavam com grande alegria — a ponto de contagiar os policiais, que murmuravam alguns versos das canções e exibiam enormes sorrisos.
Tuthan-kas-Mona
O público que buscou uma folia mais “alternativa” também teve vez nesse sábado. No estacionamento do Teatro Nacional, um dj em uma tenda improvisada divertiu mais de 500 pessoas no bloco Tuthan-kas-Mona. Lá, se encontrou boa parte dos foliões LGBT.
As músicas iam do samba ao axé, passando pela eletrônica e chegando ao pop com grande facilidade — e o público, bastante animado, pareceu lidar bem com as mudanças de ritmo.
O nome da festa ditou as fantasias da noite. Nefertitis, Cleópatras e Ramsés improvisados apareceram ao lado daqueles que optaram por roupas frescas queriam curtir o dia e a noite dançando sem parar.
A festa começou às 16h, mas a impossibilidade de identificar uma equipe de apoio no local não permitiu saber até que horas a festa continuaria. Não havia policiais andando entre os foliões, apenas uma viatura passava pelo estacionamento de vez em quando. A reportagem tentou informações com um dos agentes da ronda e ouviu apenas um “não sei”, seguido da pergunta: “Isso é um bloco de carnaval?”.
Encerramento
O último bloco do dia foi o Fio Desencapado, que começou às 19h no Setor de Oficinas do Sudoeste. O clima de animação era intenso e, com as temperaturas mais amenas, as pessoas encontraram energia para pular e sambar com vontade.
O evento contou com o show de Anderson Paz, intérprete da escola de samba carioca Porto da Pedra e a apresentação da Bateria Furiosa. O presidente do grupo de percussão e organizador do evento, Mario Mitre, marcou presença tocando tambor durante o desfile. “É uma maravilha fazer parte disso. Essa cidade precisa de som, de alegria”, disse, entre uma batucada e outra.
Além dos 80 instrumentistas da banda, o desfile contou com a apresentação de diversas sambistas fantasiadas como verdadeiras rainhas da bateria. A PM, que acompanhava o evento de perto, afirmou que até às 21h30 cerca de 8 mil pessoas haviam passado pelo local. O bloquinho encerrou belamente um intenso dia de Carnaval.