Vladimir Carvalho será velado no Cine Brasília, nesta sexta (25/10)
Cineasta Vladimir Carvalho morreu aos 89 anos: corpo será velado no Cine Brasília, na manhã desta sexta (25/10)
atualizado
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A despedida de Vladimir Carvalho, que morreu nesta quinta-feira (24/10), aos 89 anos, será no local que o cinesta ajudou a consagrar. O velório do documentarista ocorrerá, nesta sexta (25/10), no Cine Brasília (EQS 105/106), das 9h30 às 13h30.
A cerimônia será aberta ao público. Às 14h30, está prevista a cerimônia de sepultamento no Jazigo dos Pioneiros, no cemitério Campo da Esperança.
Vladimir Carvalho morreu em consequência de um infarto. O realizador chegou a ficar três semanas internado, mas não resistiu.
O velório ocorrerá no mesmo local em que Vladimir comemorou seu último aniversário. Em janeiro, o cineasta celebrou os 89 anos no Cine Brasília. Na ocasião, a tela do local exibiu o longa O País de São Saurê, primeiro longa-metragem do realizador.
A trajetória de Vladimir Carvalho
Paraibano, nascido em Itabaiana, em 1935, Vladimir escolheu Brasília como o local para viver e para praticar sua arte.
Ao longo da carreira, fez parte do cinema novo e produziu obras clássicas do cinema nacional, como O Evangelho Segundo Teotônio, Conterrâneos Velhos de Guerra, Barra 68 e Engenho de Zé Lins. Uma de suas obras mais recentes, o documentário Rock Brasília – Era de Ouro (2011), relembrava o sucesso desse gênero musical na capital do Brasil.
Professor de uma geração
Vladimir Carvalho também foi um dos fundadores do curso de cinema da Universidade de Brasília (UnB). Ele chegou ao centro de ensino em 1969, a convite de Fernando Duarte.
Como acadêmico e docente, Vladimir encarou o desafio de ensinar cinema durante a ditadura militar, viu o curso ser fechado pela repressão e viveu o período da redemocratização.
Em 2012, Vladimir ganhou o título de professor emérito da UnB. No momento do reconhecimento, ele comemorou a conquista.
“O tempo passou num piscar de olhos, como nos filmes de cinema, e aqui estamos nós neste continuado esforço de refundação da UnB. Eu me rejubilo e saio daqui todo me achando e comungando com o velho Camões: ‘Estou em paz com minha guerra’”, falou.