Vítimas de abuso sexual de Harvey Weinstein serão indenizadas em R$ 100 mi
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, anunciou a criação de fundo milionário nesta terça (30/6)
atualizado
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Dezenas de vítimas de abuso e assédio sexual praticados pelo ex-produtor de cinema Harvey Weinstein receberão cerca de R$ 100 milhões em indenizações.
Conforme anúncio da procuradora-geral de Nova York, Letitia James, feito nesta terça (30/6), será criado um fundo de “compensação” para as vítimas. Ainda não foram divulgados nomes ou a quantidade de pessoas que poderão ser beneficiadas, mas a indenização também livra as mulheres da cláusula de confidencialidade. “Finalmente elas poderão falar”, disse James, no Twitter.
#BREAKING: We helped secure $19 million for survivors of Harvey Weinstein’s sexual abuse and harassment.
Women who were forced to sign confidentiality agreements will also be freed from those clauses and finally be able to speak.
— NY AG James (@NewYorkStateAG) July 1, 2020
O caso Weinstein
Weinstein, prestigiado produtor de Hollywood que fez filmes como Shakespeare Apaixonado (1998) e O Discurso do Rei (2010) vencerem o Oscar, cumpre, desde março, sentença de 23 anos na prisão Wende Correctional Facility, em Nova York.
As primeiras denúncias de estupro, assédio e importunação sexual contra Weinstein surgiram em outubro de 2017. Mais de cem mulheres relataram abusos cometidos pelo produtor. Entre as vítimas, atrizes como Rose McGowan e Asia Argento.
Ex-chefão da Miramax, produtora por trás da distribuição de Pulp Fiction (1994), Sexo, Mentiras e Videotape (1989) e outros hits indies, Harvey fundou a The Weinstein Company com o irmão, Robert, em 2005. A empresa declarou falência em fevereiro de 2o18.