Viola Davis: Acham que mulheres negras não podem ser protagonistas
A atriz falou sobre o tema ao comentar a estreia do filme A Mulher Rei, que é protagonizado por ela e outras artista negras
atualizado
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A atriz e produtora Viola Davis participou do Conversa com Bial, nessa sexta-feira (23/9), e desabafou sobre como as mulheres negras precisam lutar para conseguir destaque em Hollywood. Lançando A Mulher Rei, filme dirigido e protagonizado por mulheres negras, a estrela falou sobre o racismo na indústria.
“Tive que lutar por esse filme, lutar pelos atores, lutar pela diretora, lutar até mesmo pela noção de que esta história merecia se tornar um filme. Existe uma noção de que mulheres de pele escura não podem ser protagonistas em sucessos mundiais, e aí esta é uma outra história. Estamos falando de colorismo, e este é o último dos preconceitos aceitáveis. Bom, de repente, tive de estar à frente, eu e meu marido, lutando para esse filme ser feito. Eu, Viola. A tímida e introvertida Viola [referindo-se ao seu comportamento quando criança]. E ei consegui”, relata Viola Davis.
Confira a crítica do Metrópoles sobre A Mulher Rei.
A Mulher Rei conta a história de Nanisca (Viola Davis), a general das Agojie, força militar formada por mulheres no Reino de Daomé no século 19.
“Essas mulheres eram recrutadas quando tinham entre 8 e 14 anos. Vou repetir: entre 8 e 14 anos. Eu tenho uma filha de 12 anos que estão tentando trata-la como adulta porque ela mede 1,70m. Essas mulheres tinham entre 8 e 14 anos e eram indesejadas. Ninguém as queria, não queriam se casar com elas, então elas eram vendidas para serem Agojie [exército o qual faziam parte]. Para mim, esta é uma história interessante”, defende Davis.