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“Muita gente diz que sou midas”, fala diretor de Os Farofeiros

Nova comédia do diretor Roberto Santucci é sobre colegas de trabalho que saem de férias juntos e caem em roubadas durante a folga

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1 de 1 os farofeiros (5) - Foto: Divulgação

Os Farofeiros, nova comédia do diretor Roberto Santucci (De Pernas pro Ar e Até que a Sorte nos Separe), estreia nos cinemas nesta quinta-feira (8/3), visando identificação imediata com o grande público. Quem nunca saiu de férias e passou mais raiva na folga do que no trabalho?

Diretor das milionárias franquias supracitadas, além de outros sucessos de bilheteria, como O Candidato Honesto (2014) e Loucas pra Casar (2015), Santucci juntou-se mais uma vez a Paulo Cursino, seu habitual roteirista, para criar uma vibração diferente. “Não tem um protagonista”, aponta, fazendo referência a filmes “de galera” e comédias de férias.

“Todos nós já passamos por histórias parecidas. Colocamos personagens de várias classes sociais para gerar mais humor e conflito, o que também é bom”, completa o cineasta. Na trama, quatro famílias decidem curtir o feriadão de fim de ano.

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Os farofeiros na praia: quando as férias transformam-se em um pesadelo
Antonio Fragoso e Aline Riscado na casa de praia: dinâmica de classes
Danielle Winits interpretou mulher da zona sul em Os Farofeiros
Dani Winits caindo em uma piscina gosmenta: férias para esquecer
Pôster de Os Farofeiros
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Roberto Santucci e Paulo Cursino: parceria rende comédias que fazem sucesso de bilheteria

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Os farofeiros na praia: quando as férias transformam-se em um pesadelo

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Antonio Fragoso e Aline Riscado na casa de praia: dinâmica de classes

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Danielle Winits interpretou mulher da zona sul em Os Farofeiros

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Dani Winits caindo em uma piscina gosmenta: férias para esquecer

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Lima (Maurício Manfrini), malandro da turma, o bravo Rocha (Charles Paraventi) e Diguinho (Nilton Bicudo), medroso do quarteto, trabalham na mesma empresa. Alexandre (Antonio Fragoso) atua na chefia e, antes dos dias de folga, foi avisado por superiores que precisará demitir até o Réveillon.

Mal sabe ele que outros perrengues surgirão durante a viagem. A começar pela casa onde os amigos se hospedarão, que está caindo aos pedaços.

É filme de férias com elementos bem brasileiros. O pessoal não anda de trailer. Tem engarrafamento na estrada, a hospedagem é de frente para a praia, mas tem um penhasco até chegar na areia.

Roberto Santucci, diretor

O diretor acredita que deu sorte na escolha do elenco. “Você acredita eles serem o que são. Pudemos trazer um pouco da vida real”, explica, sobretudo a respeito do núcleo feminino do filme. Jussara (Cacau Protásio), esposa de Lima, adora fazer um barraco. Renata (Danielle Winits), mulher de Alexandre, revela certas frescuras de madame da elite. Já Elen (Aline Riscado) parece sofrer preconceito por ser bonita demais.

“A Dani tem total capacidade de representar a mulher da Zona Sul (do Rio), que não se acha farofeira. Tem talento para satirizar e estereotipar isso, pesar tinta nessa classe que se acha melhor que as outras. Lima é relax, papo fácil. A Cacau tem talento para elevar o tom de voz. A gente se vê na tela e brinca com esses elementos”, continua o cineasta.

Próximos projetos
De 2010 para cá, ano de lançamento do De Pernas pro Ar, seu quarto longa-metragem, Santucci dirigiu outras dez comédias. Uma genuína produção cinematográfica em série.

“Dá muito certo (o gênero). E o mercado vai puxando. Muita gente diz que sou midas, o cara que faz e acontece. Mas na verdade tenho um grupo de pessoas que trabalha comigo. O Paulo Cursino está comigo desde o De Pernas pro Ar. Um gênio da comédia, excelente roteirista. Tem olho preciso para o que o público quer”, diz.

 

Nos próximos filmes, o diretor pretende desbravar outros gêneros. Comanda a cinebiografia de Mussum, estrelada por Ailton Graça, que só deve estrear em 2019. “Todos os gêneros são interessantes desde que a história seja boa”, relativiza. Atualmente, desenvolve projeto de um longa policial, ainda em fase de roteiro.

“Para ganhar o grande público e ter continuidade, não dá para fazer um filme pessoal, de arte – o que não significa que isso não possa ser feito. A comédia alimenta a indústria, devolve o dinheiro para o governo, que investe no cinema, paga profissionais, faz o dono de cinema acreditar que filme brasileiro dá dinheiro. E fala para muitas pessoas”, conclui Santucci.

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