Sucesso brasileiro da Netflix mostra cartões postais de São Paulo
Descubra os lugares que são cenários do filme “Depois do Universo”, produção brasileira que ficou no TOP10 da Netflix de diversos países
atualizado
Compartilhar notícia
O novo filme brasileiro da Netflix, Depois do Universo, tem conquistado o público mundo afora. O romance entre a pianista Nina (Giulia Be) e o médico Gabriel (Henrique Zaga) figurou na lista das 10 produções mais assistidas do serviço de streaming em 43 países, entre eles Argentina, Alemanha, Israel, Itália, Suíça e, claro, Brasil. Gravado em São Paulo, o longa apresenta uma cidade mais colorida do que normalmente seus habitantes costumam ver.
“Nossa principal vontade era mostrar que São Paulo tem um teatro tão bonito quanto qualquer um da Europa, mostrar nosso centro histórico e sonhar que o mesmo seja revitalizado”, diz Diego Freitas, diretor e roteirista do filme, em entrevista ao Metrópoles.
Nascido em Mairiporã, no interior do estado, Diego veio para a capital aos 18 anos para estudar. Apaixonado por São Paulo, promete: “Ainda farei muitos filmes mostrando a beleza da nossa cidade, pode anotar”.
Na trama, a pianista Nina vê seus sonhos se perderem na espera por um transplante de rim. Mas o romance com o médico Gabriel a ajuda a superar suas inseguranças. Enquanto aguardamos os próximos filmes de Diego Freitas, que tal conhecer os lugares onde as cenas de Depois do Universo foram gravadas?
1. Theatro Municipal de São Paulo
A personagem Nina sonha em entrar para a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Os testes da postulante a uma vaga são feitos no Theatro Municipal. O arquiteto Ramos de Azevedo se inspirou na Ópera de Paris para projetar o principal palco da cidade. O local já foi cenário de diversos momentos importantes da cultura brasileira, como a Semana de Arte Moderna de 1922. Quem quiser conhecer detalhes da história e da construção do prédio, são realizadas visitas educativas de terça a sábado, basta reservar um horário com um dia de antecedência no site.
Praça Ramos de Azevedo, s/n – Centro. Site: theatromunicipal.org.br
2. Estação da Luz
O primeiro encontro de Nina e Gabriel acontece na Estação da Luz. A construção, inspirada no Palácio de Westminster, em Londres, tem raízes inglesas. A autoria do projeto é atribuída ao arquiteto britânico Charles Henry Driver, pioneiro no uso de trabalhos em ferro ornamental; e todo o material para sua construção foi importado da Inglaterra. Além das paradas de trem e de metrô, a estação abriga o Museu da Língua Portuguesa.
Praça da Luz, 1 – Luz.
3. Palácio dos Campos Elíseos
O conservatório onde Nina dá aula de piano, na verdade, nunca foi escola de música. O palácio de estilo francês, projetado pelo arquiteto alemão Mateus Haüssler, foi construído para ser residência do fazendeiro Elias Antônio Pacheco e Chaves. Inaugurado em 1899, pertenceu ao oligarca por pouco tempo. Em 1912, o governo estadual adquiriu o imóvel, utilizando-o como sede e residência do governador até 1964. Depois de anos fechado ao público, o espaço deve receber o Museu das Favelas.
Avenida Rio Branco, 1269 – Campos Elíseos
4. Igreja Divino Espírito Santo
A capela em que Nina estuda as composições de Frédéric Chopin no piano não fica no hospital em que faz hemodiálise. As cenas foram gravadas na Igreja Divino Espírito Santo, construída em 1903 e localizada na rua Frei Caneca. É impossível passar pelo endereço sem nota a construção cor de rosa na esquina com a rua Barbosa Rodrigues. Por dentro, é ricamente ornamentada com afrescos e vitrais.
Rua Frei Caneca, 1047 – Consolação. Site: igrejadivinoespiritosanto.com.br
5. Instituto Biológico
O prédio do hospital onde Gabriel trabalha, na vida real, abriga o Instituto Biológico, instituição dedicada à pesquisa principalmente relacionada à agricultura. A construção art déco, inaugurada em 1945, foi projetada pelo engenheiro Mário Whately. As dependências não estão abertas à visitação. Mas é possível visitar, por meio de agendamento (pelo e-mail: cafezalurbanoib@biologico.sp.gov.br), o cafezal que fica no mesmo terreno. Você deve estar se perguntando: por que o Instituto Biológico tem um cafezal? Porque a instituição foi criada, em 1924, para pesquisar e desenvolver defensivos agrícolas para o combate às pragas que assolavam os cafezais paulistas – maior fonte econômica do estado na época.
Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1252 – Vila Mariana. Site: biologico.sp.gov.br
Confira o trailer do filme: