Solteiro na vida real, Alexandre Borges vive no cinema as atribulações do amor

Solteiro desde o fim do casamento de 22 anos com a atriz Julia Lemmertz, Alexandre Borges volta a viver as atribulações do amor na tela de cinema. A partir de 3 de dezembro, o ator será visto entre tapas e beijos com Camila Morgado no longa “Bem Casados”. No filme, ele interpreta um cinquentão que filma casamentos, mas é solteirão convicto.

Nos últimos dias, Alexandre tem se dedicado a uma maratona de divulgação do filme — que já passa em sessões de pré-estreia em algumas cidades do país. Na quinta (27/11), veio a Brasília, ao lado de Camila e do diretor, Aluizio Abranches, para acompanhar uma avant-premiére da fita.

Pouco antes da exibição, ele e Abranches passaram pela redação do Metrópoles, onde  o ator distribuiu simpatia, posou para fotos com todo mundo e, evidentemente, falou sobre o filme que está lançando e dos projetos fora da tela. Um deles é o espetáculo “Poemabar”, produção luso-brasileira em que ele declama poemas de Fernando Pessoa e Vinicius de Moraes, acompanhado pelo pianista português João Vasco.

“Haja Coração” em fevereiro
Outra novidade é que em fevereiro começa a gravar “Haja Coração”, remake da novela “Sassaricando” (1987/1988), de Silvio de Abreu. Reescrita por Daniel Ortiz, a trama será levada ao ar, pela TV Globo, no horário das sete. Pelo folhetim original, sabe-se que a história é movida a muito humor. E humor é o que não tem faltado na carreira de Alexandre Borges.

O ator ganha um ponto a mais em popularidade cada vez que aparece na TV na pele de personagens como o Jacques Leclair, de “Ti-Ti-Ti”, ou o Cadinho, de “Avenida Brasil”. Neste último, aliás, contracenava com Camila Morgado em situações de amor e ódio, algo parecido com o que os dois vivem agora no cinema.

“O brasileiro se identifica muito fácil com o humor, muito rápido, porque é catártico, desopila. Por isso, toda vez que me oferecem um personagem nessa linha eu abraço com muito prazer”, diz o ator. Borges, aliás, faz questão de defender um tipo de filme que, embora leve multidões aos cinemas, é visto atravessado pela crítica. “A comédia é um gênero amplo. Muitos filmes exploram essa força do humorista, do comediante”, argumenta.

História de amor com humor
“Bem Casados”, porém, é uma comédia com identidade própria, segundo o ator. “É uma comédia romântica, uma história de amor com humor”, define. No filme, seu personagem, o bon vivant Heitor, passou a vida gastando a fortuna da família.

Aos 45 anos, o bonitão é dono de uma produtora que filma festas de casamento. “Acho muito interessante essa abordagem do homem contemporâneo, de um homem que chega á maturidade e se questiona sobre o que a vida pode lhe trazer”, diz Alexandre Borges.

Solteirão assumido, Heitor começa a mudar de ideia quando conhece a sensual Penélope (Camila). Ela posa de transgressora, mas, na verdade, vive amargurada por ter sido abandonada pelo namorado. O encontro dos dois vai produzir faíscas e, espera-se — risos capazes de fazer o público querer mais. Aluizio Abranches diz, brincando, que já pensa em “Bem Casados 2”. Alexandre acrescenta: “Bem Casados 2 — Melhor Solteiros”, e dá uma risada.