“Snoopy e Charlie Brown – Peanuts, o Filme” é agradável programa para pais e filhos
O longa dirigido por Steve Martino conservou a mesma sensibilidade dos quadrinhos criados em 1950 por Charles M. Schulz
atualizado
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O ano mal começou e já é possível afirmar: uma das melhores animações de 2016 é “Snoopy e Charlie Brown – Peanuts, o Filme”. E o motivo é simples: o longa dirigido por Steve Martino (“A Era do Gelo 4”) conservou a mesma sensibilidade dos quadrinhos criados em 1950 por Charles M. Schulz e, posteriormente, transformados em desenhos animados.
O enredo mostra o dia a dia de Marcie, Patty, Linus, Lucy e de Charlie Brown, um garoto atrapalhado e com baixa autoestima. Num certo dia, surge uma nova vizinha, uma garotinha ruiva por quem “Minduim” – como ficou conhecido no Brasil – logo se apaixona. Mas é claro que a aproximação com a paixão platônica não será fácil para ele. Entre trapalhadas e desencontros, o protagonista descobre que é um cara muito legal e que todo mundo tem qualidades.
A história pode parecer piegas, mas é ela que faz toda diferença. Em tempos em que crianças são “adultizadas”, a pureza dos personagens e dos diálogos surpreende. É a mesma delicadeza vista nos desenhos que bombaram na década de 1980. Por isso, “Peanuts, O Filme” torna-se um daqueles programas maneiros, divertido para pais e filhos.
Não será surpresa ver adultos com lágrimas nos olhos saindo das sessões. Os traços dos desenhos se mantiveram os mesmos e até a versão dublada é bem feita. Outra questão importante são as “vozes” de Snoopy e Woodstock. A dublagem foi foi feita com antigos arquivos da voz de Bill Meléndez (1916-2008), dublador original dos personagens.
A única falha do longa é o 3D. A tecnologia foi sub-aproveitada, como é possível notar nas cenas de “ação” de Snoopy e do avião Barão Vermelho. Como as histórias de Charlie Brown e sua turma nunca envelhecem, fica a brecha para os produtores investirem em novas aventuras, da próxima vez, com técnicas mais apuradas.
Avaliação: Bom