Sem salários, funcionários da Cinemateca pedem ajuda em campanha pública
Os trabalhadores, contratados pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), também estão há três meses sem benefícios
atualizado
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Os funcionários da Cinemateca Brasileira pedem apoio financeiro em uma campanha pública. Os trabalhadores estão, como divulgou o Metrópoles, há dois meses sem receber salários, benefícios e em situação de emergência financeira. Clique aqui para ajudar.
Além dos salários atrasados, os trabalhadores, contratados pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), também estão há três meses sem os benefícios essenciais como vales refeição e alimentação.
“Não há, inclusive, dinheiro para a rescisão dos trabalhadores, tampouco houve o recolhimento do FGTS dos trabalhadores desde de março deste ano”, cita o pedido de ajuda no site Benfeitoria.
Segundo eles, a campanha pública serve para amenizar os efeitos dos atrasos, buscando redistribuir as doações aos 62 trabalhadores contratados pela Acerp e os outros 93 de empresas terceirizadas.
“Muito se sabe a respeito do quadro emergencial em que se encontra o acervo da Cinemateca Brasileira, que tem sua origem a partir da organização da sociedade civil e abriga mais de 120 anos de história da cultura audiovisual brasileira. Mas pouco tem se falado sobre a situação do seu corpo de trabalhadores, cuja sobrevivência também se encontra inteiramente em risco. Neste atual cenário, não podemos esquecer que sem trabalhadores não se constroem nem se preservam acervos, ainda mais em uma instituição como a Cinemateca, cujo conhecimento e competência na preservação e difusão do patrimônio audiovisual brasileiro são construídos e atualizados diariamente, na totalidade das suas atividades correntes e de médio e longo prazo”, cita o pedido.
Os trabalhadores da Cinemateca ainda garantem que não receberam nenhum esclarecimento da Acerp quanto aos atrasos e possíveis prestação de contas. Eles afirmam que, “em 30 de maio, foram avisados que alguns salários seriam parcelados, sem a indicação da data de pagamento da segunda parcela; e em 28 de abril, dois dias antes da data do pagamento, avisando que os salários não seriam pagos, mas que havia a esperança de regularizá-los na primeira semana de maio”.