Sem blockbusters, três filmes franceses se destacam entre as estreias
A ação policial “A Conexão Francesa” e as comédias dramáticas “O Fio de Ariane” e “A Viagem do Meu Pai” dividem atenção com três produções americanas pouco expressivas
atualizado
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O título de estreia mais surpreendente, porém, vai para “Cantando de Galo”, um longa de animação produzido no México, coisa rara nos cinemas brasileiros. A história do galinho Toto divide as atenções com o brasileiro “Brasil S/A”, que venceu o Festival de Brasília em 2014 e só agora consegue distribuição, e três produções americanas de pouco expressão.
Amor e Amizade
“Lady Susan”, um livro menos conhecido da escritora Jane Austen, serve de base para este romance de época, dirigido por Whit Stillman (“Os Últimos Embalos da Disco”). Kate Beckinsale (da franquia “Anjos da Noite” interpreta a heroína ao mesmo tempo altiva e romântica, típica das obras da autora. Ela é uma bela viúva que, no século 18, se recolhe à fazenda dos antigos cunhados para fugir das fofocas e sobre seus casos amorosos e refletir sobre a vida.
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Brasil S/A
Vencedor de cinco prêmios da edição de 2014 do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o filme dirigido por Marcelo Pedroso tem como protagonista um cortador de cana, cujo destino é atropelado pela chegada das máquinas que vão acelerar o processo de produção. Apresentando um Brasil-empresa, o diretor procura trazer à tela questionamentos importantes, como o colapso urbano e o preconceito racial e de gênero.
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Cantando de Galo
Artigo raro nos cinemas brasileiros, a animação mexicana se faz presente agora com este longa, de Gabriel Riva Palacio. O protagonista, Toto, é um galinho considerado o menor de todos na fazenda em que mora. E seu sonho é justamente se tornar um grande galo. A oportunidade de ele mostrar do que é capaz surge quando um fazendo planeja destruir a propriedade onde vivem Toto, a família e os amigos.
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A Conexão Francesa
A história lembra em muito o clássico “Operação Franca” (1971), de William Friedkin. Inclusive, a ação se passa nos anos 1970 e, como no filme de Friedkin, na cidade de Marselha. Para lá é transferido o magistrado Pierre Michel. De cara, ele enfrenta o desafio de desarticular uma quadrilha de traficantes de heroína que domina a cidade. O papel de Michel cabe a Jean Dujardin (em cartaz também na comédia “Um Amor à Altura”)..
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Um Espião e Meio
Por falar em “Um Amor à Altura”, o tamanho também dá origem às piadas desta comédia de ação, estrelada pelo grandalhão Dwayne Johnson (da franquia “Velozes e Furiosos”) e o não tão grande Kevin Hart (“Policial em Apuros”). Os dois são antigos colegas de colégio que se reencontram quando Johnson (um nerd que sofria bullying nos tempos da escola e se tornou agente da CIA) recorre ao antigo amigo (agora contador) para ajudá-lo a resolver um caso ultrassecreto.
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O Fio de Ariane
Outra produção francesa que chega aos cinemas da cidade, “O Fio de Ariane” é a 17ª parceria entre o diretor Robert Guédiguian e a atriz Ariane Ascaride (marido e mulher na vida real) — fizeram, entre outros, “Marius e Jeannette” e “A Cidade Está Tranquila”. O cineasta, conhecido por dramas sociais realistas, embarca numa fantasia ao levar a protagonista, uma solitária mulher de meia-idade, a largar seu subúrbio para se aventurar na grande Marselha no dia de seu aniversário.
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Perfeita É a Mãe
Três mulheres que levam vida aparentemente perfeitas — bem casadas, com filhos exemplares e empregos invejáveis — cansam do excesso de obrigações e se unem para iniciarem juntas uma jornada de libertação. Mila Kunis (“Cisne Negro”), Kathryn Hahn (“Zerando a Vida”, na Netflix) e Kristen Bell (da série “House of Lies”) dividem o protagonista na comédia, dirigida a quatro mãos por Jon Lucas e Scott Moore, roteirista de “Se Beber não Case” e suas sequências.
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A Viagem de Meu Pai
Jean Rochefort (“Astérix e Obélix: A Serviço de Sua Majestade”) e Sandrine Kiberlain (“Uma Juíza Sem Juízo”) protagonizam a comédia dramática francesa, adaptada de uma peça de teatro de Florian Zeller. Os dois são pai e filha na história: ele, um ocotogenário industrial aposentado com problemas de memória, que insiste em morar sozinho e dispensa ajuda. Ela, a dedicada filha dele, que o ouve falar o tempo todo da outra filha, Alice, que há tempos não o visita. Quem dirige é Philippe Le Guay (“Pedalando com Moliére”).
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