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Seis filmes brasilienses vão passar no Festival de Cannes

Nomes como Daniella Cronemberger, do documentário “Em Defesa da Família”, e Gui Campos, da ficção “Rosinha”, participam do Short Film Corner, evento paralelo voltado para negócios e oficinas

atualizado

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A partir desta semana, os brasileiros que acompanham cinema estarão de olho no novo filme de Kleber Mendonça Filho, “Aquarius”, que disputa a Palma de Ouro no Festival de Cannes. O evento começa quarta (11/5), na França, e ainda terá um curta-metragem nacional na disputa – “A Moça que Dançou com o Diabo”, de João Paulo Miranda Maria.

Longe dos holofotes da première, o Short Film Corner recebe centenas de cineastas independentes do mundo todo em busca de oportunidades, contatos e oficinas. Por lá estarão curtas-metragens brasilienses.

Uma rápida busca pela página do Corner revela 53 produções nacionais. Seis delas são de Brasília. Na seara documental, “Levino”, de David Alves Mattos e Gui Campos, traça um perfil do maestro pernambucano Levino de Alcântara, fundador da Escola de Música de Brasília. Assinado por Daniella Cronemberger, “Em Defesa da Família” discute homofobia, enquanto “Das Raízes às Pontas”, de Flora Egécia, reflete sobre identidade negra e racismo.

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"Em Defesa da Família", documentário de Daniella Cronemberger
"Rosinha", de Gui Campos
O diretor Gui Campos: curta rodado em Planaltina
"Trespasser", de Caio Cortonesi
"Levino", curta sobre o maestro Levino de Alcântara. Direção de David Alves Mattos e Gui Campos
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"Das Raízes às Pontas", documentário de Flora Egécia

Janine Moraes/Divulgação
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"Em Defesa da Família", documentário de Daniella Cronemberger

Divulgação
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"Rosinha", de Gui Campos

Reprodução/Cannes
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O diretor Gui Campos: curta rodado em Planaltina

Michael Melo/Metrópoles
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"Trespasser", de Caio Cortonesi

Reprodução/Cannes
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"Levino", curta sobre o maestro Levino de Alcântara. Direção de David Alves Mattos e Gui Campos

Reprodução/Cannes
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"Bartleby", de Rafael Lobo

Reprodução/Cannes

 

Entre os ficcionais, “Rosinha”, dirigido por Gui Campos, narra as relações afetivas entre três idosos (Maria Alice Vergueiro, Andrade Junior e João Antônio). Caio Cortonesi desbrava especulações futuristas em “Trespasser”, um curta que também dialoga com intimidade e realidade virtual. Realizador de “Palhaços Tristes” (2013), Rafael Lobo adapta o conto de Herman Melville em “Bartleby”.

Ao contrário dos principais braços do festival, o Short Film Corner funciona como uma convenção de profissionais de cinema. Por isso, a organização exige, além da inscrição, pagamento de taxas via cartão de crédito. A curadoria vê os filmes e tem a opção de recusá-los caso as obras não obedeçam a certos critérios, como duração (até 35 minutos), ineditismo (o trabalho não pode ter sido exibido na internet) e um padrão mínimo de qualidade nos quesitos de fotografia, montagem e narrativa.


Oficinas, contatos e vitrine para filmes independentes
Jornalista e cineasta estreante, Daniella Cronemberger descreve o cotidiano de uma família formada por Marília e Vanessa, mães de Felipe, Mateus e Samuel. Discursos homofóbicos vindos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal impactam diretamente a vida do casal. A diretora não vê melhor vitrine para “Em Defesa da Família” do que o Short Film Corner.

“Abre possibilidade de vender o filme para televisões e inscrever em outros festivais”, diz a realizadora de 37 anos, que também espera participar das várias oficinas espalhadas pelo evento. Coautora do blog Quadrado Brasília, Daniella ainda não exibiu o filme publicamente em Brasília – quer rodar por festivais e voltar de Cannes com mais experiência.

“É uma janela que se abre”, conta. “Você conhece gente com interesses comuns e pode entrar em novos projetos. Por outro lado, há muita oportunidade de aprendizado”.

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