Sarah Paulson encara desastre ambiental e luto em Prenda a Respiração
Diretores de Prenda A Respiração, protagonizado por Sarah Paulson, falaram sobre os bastidores do longa em entrevista ao Metrópoles
atualizado
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Durante a década de 1930, os Estados Unidos passaram por um fenômeno climático de tempestade de areia durante cerca de 10 anos, período que ficou conhecido como Dust Bowl. Este é o ambiente em que o filme Prenda a Respiração, estrelado por Sarah Paulson, está inserido. O filme estreia nesta quinta-feira (3/10) no Disney+.
No interior do país, um vilarejo é assombrado por uma tempestade de areia, que gera uma sensação de perigo iminente. Para além do terror externo, os elementos de suspense se intensificam com o embate interno da protagonista Margaret, que tenta proteger, a todo custo, a família de uma ameaça que surge entre a poeira. Além disso, a personagem lida com o luto de uma das filhas.
A trama se desenvolve em meio à tensão e paranoia da personagem de Sarah Paulson, que incorporou esses elementos com maestria, conforme os diretores do projeto Karrie Crouse e William Joines.
“A preparação dela [Paulson] foi incrível, até no aspecto físico. Ela queria que tudo fosse aterrorizante e real. Quando a gente pensou que a gente não poderia jogar mais poeira no rosto dela, ela queria mais [poeira] para interagir com o ambiente”, afirma Karrie, em entrevista ao Metrópoles.
William completa com mais elogios à protagonista: “Trabalhar com a Sarah é incrível. Ela é uma atriz talentosa. Logo no começo do filme, ela conseguiu incorporar as forças da personagem Margaret. Ela [Sarah] mostrou a evolução da Margaret ao mesmo tempo que mostrou a tensão dentro da personagem”.
Mais do que um filme de suspense, a ideia dos diretores era abordar a maternidade e o luto, vividos pela protagonista. “A gente realmente queria entender o motivo da mãe estar com dificuldades. Não é apenas uma missão interminável de não deixar a poeira entrar na casa, mas cuidar das filhas enquanto luta contra o trauma de ter perdido e o medo de que isso aconteça outra vez”, explica Karrie, que também é roterista do longa.
William completa que, para a direção da obra, foi decidido que o intuito era “fazer o espectador se sentir dentro da Margaret”. “A gente queria passar a sensação de claustrofobia de estar preso em casa, mas a poeira está entrando pelas rachaduras”, explica.
Até as cenas de landscapes, que mostram o horizonte, não trazem um alívio porque é só poeira pra todo lado. Essa sensação de estar preso em casa com um perigo que entra em pequenos buracos faz um paralelo com a pandemia, apesar de que a obra foi escrita antes.
A ideia de produzir Prenda a Respiração surgiu quando os diretores assistiram a um documentário sobre o fenômeno e, assim, pensaram que seria um bom cenário para um filme de terror. O maior desafio da dupla, no entanto, foi ter um balanço entre a realidade do tempo histórico e a ficção.