Samuel L. Jackson conta como foi voltar ao papel do Sr. Vidro
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atualizado
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Em Vidro, Samuel L. Jackson volta ao papel de Elijah Price/Sr. Vidro 18 anos depois de Corpo Fechado. O ator conversou com o jornal O Estado de S. Paulo em Los Angeles:
Shyamalan teve de convencê-lo a voltar?
Não! Ele me prometeu uma sequência 18 anos atrás. Me disse que haveria três filmes. Toda vez que o encontrava, perguntava: “E aí? Vamos fazer os outros dois?”. Um dia ele me ligou e disse que tinha feito um filme e queria que eu visse. Era Fragmentado. Ele me contou que era a segunda parte. E eu: “Como pode ser a parte 2 se eu não estou nela?”. Mas aqui estou eu.
Foi fácil voltar ao personagem depois desse tempo todo?
Não. Eu já fiquei muito sozinho, sou filho único. Fiquei esses 18 anos imaginando que Elijah ficou acompanhando David Dunn (personagem de Bruce) para ver se ele se tornou o que sei que é capaz de ser.
O Sr. Vidro mudou muito?
Sim, ele está velho (risos). Mas continua inteligente e frágil.
E Shyamalan, mudou muito?
Ele está menos ditatorial. Quando fizemos Corpo Fechado, ele tinha acabado de estourar com O Sexto Sentido. Achava que tinha todas as respostas. Ficava: “Não pisque nesta cena” ou “Não pause aqui”. Agora, me disse: “Lembra como queria dizer esta fala? Pode fazer!”. Nesta indústria, depois de uns anos, você fica escaldado. Seus pés são colocados de volta no chão.
Como foi a filmagem?
Rodamos boa parte num hospital para doentes mentais. Todo tipo de coisa estranha aconteceu. As luzes acendiam e apagavam. Funcionários poliam o elevador, e ele aparecia cheio de marcas de mão.
Teve algum desafio?
Não falo tanto neste filme. Fora que é difícil pra caramba ver James McAvoy fazer sete pessoas diferentes discutindo sem ficar de boca aberta.
Quando vocês fizeram Corpo Fechado, quase não havia filmes de super-heróis.
Sempre houve Batman e Superman. Mas Corpo Fechado não é um filme de super-herói, mas uma discussão sobre a mitologia dentro dos quadrinhos.