Reynaldo Gianecchini vive experiência inédita como pai em novo filme

Reynaldo Gianecchini é um ator de muitas camadas. Após fazer sucesso como Matias Cordeiro na série Bom Dia, Verônica (Netflix) e prestes a viver uma drag queen no teatro, o artista vira um pai de família todo preocupado com as aparências em Uma Família Feliz, novo filme brasileiro de suspense que chega aos cinemas nesta quinta-feira (4/4).

Na produção, dirigida por José Eduardo Belmonte e roteirizada por Raphael Montes — escritor do livro homônimo —, Gianecchine divide cena com Grazi Massafera. Eva acabou de dar à luz seu terceiro filho e se depara com a angústia de uma depressão pós-parto em meio a uma vida burguesa supostamente perfeita.

Veja a entrevista completa:

O ar tranquilo de sua família feliz é invadido por acontecimentos estranhos quando suas filhas gêmeas aparecem machucadas. Eva é acusada e retaliada pela comunidade. Isolada e questionada por seu próprio marido, ela precisa superar sua fragilidade para provar sua inocência e reestruturar sua família.

Definindo o longa-metragem como uma tentativa de sempre mostrar as “aparências”, independente de qual seja a situação, Gianecchini contou ao Metrópoles ter vivido uma nova experiência em Uma Família Feliz, já que não tem filhos.

“Eu amei viver uma coisa que eu nunca vivi, que é a paternidade, ter toda essa experiência com criança, sentir no dia a dia o que é aquilo. Eu adoro fazer personagens que sejam muito distantes da minha realidade”, refletiu o ator, em papo com a reportagem ao lado de Belmonte e Raphael Montes.

Dando vida a um personagem misterioso em um thriller de suspense, Gianecchini ainda refletiu: “Meu personagem é bastante misterioso, é um suspense que tem que causar essa angústia no público. Criar isso no set dependia de conseguir chegar nesses climas mais que tudo, criar esse mistério, criar esse mundo interno dos personagens.”

Livro vs filme

Raphael Montes lançou o livro Uma Família Feliz, pela Companhia das Letras, antes mesmo da chegada do filme. O autor contou ao Metrópoles que a obra escrita nasceu do roteiro da produção, e o livro — que já elenca listas de mais vendidos — começou a ser escrito ainda durante a gravação do longa.

Belmonte, conhecido por dirigir os filmes Alemão, As Verdades, Entre Idas e Vindas e outros, pontuou que não incluiria nada do livro no filme, pois coloca um ponto final em suas produções, e refletiu sobre a diferença do trabalho com a presença de Montes no set de filmagens.

“Todo filme para mim é como Picasso dizia de quadro: chega uma hora que você tem que assinar e acabar. Então eu nunca volto para os meus filmes, só um que eu queria remontar um dia, mas isso é mais para a frente”, alegou.

“Eu acho que aqui [em Uma Família Feliz] é diferente porque tinha o Raphael o tempo todo no set. É diferente, de certa forma é como se tivesse a referência do livro o tempo todo”, finalizou.