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Renato Barbieri lança filme sobre a vida da poeta Cora Coralina

“Cora Coralina- Todas as Vidas” mistura documentário, ficção e poesia

atualizado

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1 de 1 cora-capa1 - Foto: Divulgação

A história de uma das mais importantes poetisas da literatura nacional será recontada no novo longa de Renato Barbieri. “Cora Coralina – Todas as Vidas” mistura realidade, ficção e muita poesia. O filme estréia nos cinemas nesta quinta-feira (14/12).

O Metrópoles visitou o roteirista e diretor em sua produtora, a Gaia Filmes, para saber como foi entrar no universo de Cora. A escritora, que publicou o primeiro livro aos 75 anos, é autora de poemas que retratam a alma feminina.

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Camilinha como" Aninha"
Maju Souza
Renato Barbieri  recebendo o prêmio no 49° Festival de Brasília
A casa de cora Coralina
Renato Barbieri e Tereza Seiblitz
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"As Coras" Walderez dos Santos Maju Souza Camila Mágila e Tereza Seiblitz

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Renato Barbieri recebendo o prêmio no 49° Festival de Brasília

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A casa de cora Coralina

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Renato Barbieri e Tereza Seiblitz

O produtor Marcio Curi e Paulo Salles, neto da artista, convidaram o diretor para participar do projeto. O cineasta aceitou de pronto: no anos 1980, após ler crônica de Carlos Drummond de Andrade sobre Cora, leu todos os livros da goiana.

“Eu quero tocar a sensibilidade do público com o filme de Cora, fazendo as pessoas procurem mais pelo trabalho dela

Renato Barbieri

A trama do longa foi livremente adaptada do livro “Cora Coralina – Raízes de Aninha”, de Clóvis Carvalho Britto e Rita Elisa Seda. O roteiro teve co-autoria de Regina Pessoa. “Revelar a integralidade de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas, a Cora, desde menina até a idade mais avançada, é um privilégio. Com ajuda da família, abri todas as gavetas e os baús com cartas e pertences pessoais”, continua Barbieri.

O filme, construído em cima dos poemas de Cora, foi filmado nas cidades onde a escritora morou: Goiás Velho (GO), Jaboticabal (SP), Penápolis (SP) e Andradina (SP). Foram selecionadas sete atrizes de diferentes idades que narram em primeira pessoa a trajetória da artista: Camilinha, a tataraneta da autora; a brasiliense Camila Márdila (ganhadora de Sundance); Maju Sousa, Beth Goulart, Tereza Seiblitz, Zezé Motta e Walderez de Barros.

A direção desenvolveu uma técnica apelidada de “Polifonia Coralínea”, com várias vozes femininas recitando versos ao mesmo tempo, mas sem confundir a compreensão. O diretor achou interessante criar o texto a partir das falas como uma trama de vozes construindo a história.

“Cora Coralina – Todas as Vidas” ganhou prêmios em festivais, incluindo o do Juri Popular do Melhor Filme de Longa-Metragem no 49° Festival de Brasília.

Renato Barbieri é paulista, mas escolheu no início de sua carreira se mudar para Brasília. Na capital paulista, participou do coletivo Olhar Eletrônico, ao lado de Fernando Meirelles.

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