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Quem é Shang-Chi, novo herói do universo Marvel nos cinemas

Inspirado em Bruce Lee, mestre das artes marciais protagoniza Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, que estreia em 2 de setembro

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SHANG-CHI AND THE LEGEND OF THE TEN RINGS
1 de 1 SHANG-CHI AND THE LEGEND OF THE TEN RINGS - Foto: null

Shang-Chi trilhou um caminho tortuoso na Marvel, dos quadrinhos ao cinema, até se tornar o primeiro herói de origem asiática a protagonizar um filme da produtora. O longa, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (2/9), apresenta um personagem inédito para o universo dos Vingadores em uma versão bem diferente daquela que surgiu nos quadrinhos – veja aqui a crítica do Metrópoles.

Conhecido inicialmente no Brasil como Mestre do Kung-Fu, o personagem fez sua primeira aparição nas HQs na edição número 15 de Special Marvel Edition, publicada em dezembro de 1973. A ideia da editora era capitalizar em cima do sucesso de Bruce Lee e dos filmes e séries de artes marciais, como Kung-Fu, estrelada por David Carradine. Por uma ironia do destino, o próprio Bruce Lee havia falecido de forma trágica, seis meses antes da estreia de Shang-Chi nos quadrinhos.

A HQ original adaptou parte das histórias de Fu Manchu, personagem da literatura pulp da primeira metade do século 20. Shang Chi é filho de Fu Manchu, e cresceu em isolamento em Hunan, na China, treinando até se tornar um mestre em todas as formas de artes marciais com o objetivo de se tornar o assassino perfeito. Sendo assim, o herói é criado sem poderes especiais, e conta apenas com uma habilidade de luta extremamente apurada.

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Xialing (Meng’er Zhang)
Shang-Chi
Shang-Chi
Shang-Chi (Simu Liu) in Marvel Studios' SHANG-CHI AND THE LEGEND OF THE TEN RINGS. Photo courtesy of Marvel Studios. ©Marvel Studios 2021. All Rights Reserved.
Antes tem Shang-Chi: A Lenda dos Dez Anéis, que estreia no mês que vem
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Shang-Chi (Simu Liu) in Marvel Studios' SHANG-CHI AND THE LEGEND OF THE TEN RINGS. Photo courtesy of Marvel Studios. ©Marvel Studios 2021. All Rights Reserved.

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Antes tem Shang-Chi: A Lenda dos Dez Anéis, que estreia no mês que vem

Marvel Studios/Divulgação

Ao receber sua primeira missão, Shang-Chi tem um encontro com o agente secreto Sir Denis Nayland Smith, que desmascara Fu Manchu para o filho como um criminoso. Após a revelação, o  rebento se declara inimigo mortal do pai, e as HQs mostram esse conflito, que é parcialmente adaptado para o cinema.

Essas mudanças também aconteceram nos quadrinhos ao longo dos anos. No final da década de 2000, a Marvel reabilitou o personagem, com diversos elementos místicos adaptados do wuxia, gênero cinematográfico que une artes marciais e lendas chinesas popularizado no Ocidente em O Tigre e o Dragão (2000).

Por não ter mais os direitos de adaptação de Fu Manchu – e também por que o vilão de Sax Rohmer foi amplamente reconhecido como um estereótipo preconceituoso sobre os asiáticos -, a Marvel mudou o nome do personagem para Zheng Zu e o transformou em um feiticeiro. Para evitar os conflitos, a Marvel mudou a história de origem de Shang-Chi nos cinemas e trouxe de volta um nome conhecido para quem acompanha os filmes: o Mandarim.

Criado em 1965 e originalmente um vilão do Homem de Ferro, o Mandarim é um aristocrata sino-britânico cuja principal arma são os Dez Anéis, cada um com um poder diferente. Nos cinemas, o Mandarim chegou a ser adaptado como o antagonista de Homem de Ferro 3, com o papel nas mãos de Ben Kingsley – isto é, até descobrirmos que o Mandarim era, na verdade, uma encenação e que o personagem vivido por Kingsley no filme era um ator, em um dos atos mais infames do universo Marvel dos cinemas até agora.

Shang-Chi promete trazer a verdadeira versão do Mandarim, e os Dez Anéis se tornam artefatos místicos de grande poder ligados a lendas baseadas na mitologia chinesa.

Representatividade asiática

Por trás das câmeras, Shang-Chi é também a tentativa mais direta da Marvel de apelo ao lucrativo mercado cinematográfico chinês, que arrecadou US$ 9 bilhões em 2019 e, neste ano, já faturou US$ 4.4 bilhões, em meio ao impacto da pandemia de Covid-19 causado na indústria do cinema.

O potencial lucrativo de filmes voltados ao público asiático também é uma oportunidade no próprio mercado americano, onde o longa Podres de Ricos (Crazy Rich Asians), estrelado por um elenco predominantemente asiático, arrecadou US$ 174,5 milhões só no mercado americano, quase seis vezes o orçamento do filme de US$ 30 milhões.

A estratégia fica clara ao constatar que o filme faz homenagem às duas escolas cinematográficas chinesas de maior sucesso em Hollywood – a dos longas de Bruce Lee e os filmes inspirados em wuxia como O Tigre e o Dragão -, além de trazer o elenco de maior representatividade asiática dos filmes da Marvel até aqui.

O grande destaque fica para o próprio Shang-Chi, vivido pelo sino-canadense Simu Liu. Muito antes de ser escalado para viver o Mestre do Kung-Fu, o ator já pedia por mais representatividade asiática nos longas da Marvel em suas redes sociais. “Grande trabalho com o Capitão América e Thor. Agora, que tal um herói asiático-americano?”, escreveu Liu em suas redes sociais em 2014.

Quatro anos depois, Liu voltou a se dirigir a Marvel no Twitter, com um pedido para ser escalado como Shang-Chi. Quando o longa foi anunciado com o ator no papel principal, o tuíte viralizou.

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