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Quase tudo do Tarantino está na Netflix: veja lista do melhor ao pior

Sete dos oito filmes do cultuado diretor, incluindo o recente “Os Oito Odiados”, estão disponíveis no serviço de streaming

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Frederick M. Brown/Getty Images for AFI
Quentin Tarantino
1 de 1 Quentin Tarantino - Foto: Frederick M. Brown/Getty Images for AFI

Defensor dos filmes em película, pessimista em relação ao digital e um dos mais queridos diretores de sua geração. Aos 53 anos, Quentin Tarantino se diz perto da aposentadoria, mas ainda é capaz de chocar e entreter a cada lançamento. Agora que quase todos os seus filmes estão disponíveis na Netflix – à exceção de “À Prova de Morte” (2007) –, mais popular serviço de streaming, o Metrópoles faz uma breve retrospectiva de seus oito longas-metragens. De “Cães de Aluguel” (1992) a “Os Oito Odiados”.

Tarantino planeja abandonar o cinema após a marca redonda de 10 títulos e, quem sabe, como declarou em entrevista recente, filmar uma outra história quando fizer 75 anos. Durante a divulgação de “Os Oito Odiados”, no começo do ano, ele disse que o compromisso com a carreira o impediu de ter mulher ou filhos. Até por isso, parece ambicionar uma velhice simples, escrevendo livros.

Se o desejo de se aposentar é autêntico ou puro charme, só o décimo filme dirá.

Enquanto ele não chega, relembre a carreira de Tarantino em seus oito filmes, do melhor ao pior:

Obs: note que a lista abaixo reúne nove títulos. É que o diretor considera as duas partes de “Kill Bill” um filme só

Miramax/Divulgação

“Jackie Brown” (1997)
Renegado por alguns fãs, o blaxploitation de Tarantino mostra o diretor em sua forma mais intuitiva. Uma clara tentativa de reler o cinema dos anos 1970. Após o frenesi de “Pulp Fiction”, ele parece interessado em contar uma história de crime com a cadência e a leveza de um romance.

Miramax/Divulgação

“Kill Bill – Volume 2” (2004)
Com uma narrativa mais dilatada e contemplativa do que a do primeiro filme, a saga de vingança assume o ar de um faroeste dos mais absurdos: clima noir e elementos de aventuras de samurai transformam a jornada da Noiva em uma brilhante implosão de gêneros de cinema.

Dimension Films/Divulgação

“À Prova de Morte” (2007)
A década mais cara a Tarantino é, obviamente, a de 1970. Aqui, o diretor transcende a simples homenagem ao cinema grindhouse daquela época. Ele assimila filmes como “Faster, Pussycat! Kill! Kill!” (1965) para fabricar um apurado exercício de estilo.

Miramax/Divulgação

“Pulp Fiction – Tempo de Violência” (1994)
A obra mais popular de Tarantino permanece como um produto que conseguiu se descolar da época para se tornar um exemplar-modelo do cinema contemporâneo. Em certa medida, “Pulp Fiction” se elevou a um status tão canônico quanto o de “Cidadão Kane” (1941) e “O Poderoso Chefão” (1972).

Diamond Films/Divulgação

“Os Oito Odiados” (2015)
As tensões sociais e raciais dos Estados Unidos pós-Guerra Civil são filmadas por Tarantino com uma urgência inacreditável: é como se o conflito, de jeitos sutis, continuasse em curso, lá e no resto do mundo. Um sorrateiro filme de terror sobre/para tempos hostis.

Miramax/Divulgação

“Kill Bill – Volume 1” (2003)
Certamente o filme mais ambicioso e, digamos, tarantinesco, sob risco de vulgarizar o neologismo. O primeiro “Kill Bill” opera uma compilação de tudo que o diretor já quis algum dia colocar num longa: espadachins, corações partidos, traições e vingança interminável. A violência como a expressão máxima do cinema.

Universal Pictures/Divulgação

“Bastardos Inglórios” (2009)
Tarantino é um diretor apegado a imagens que mais parecem ícones: fabulações visuais que carregam uma intensa consciência histórica – da trajetória humana e do próprio cinema. Ao criar seu filme bélico, ele também retrabalha a Segunda Guerra Mundial à sua maneira – a ponto de assassinar Hitler no interior de um cinema em chamas.

Live Entertainment/Divulgação

“Cães de Aluguel” (1992)
Neste exercício contido em torno da tradição noir, Tarantino estabeleceu algumas das bases de seu estilo, como a verborragia literária e a frontalidade das cenas de violência. Está longe de ser um trabalho ruim ou sequer mediano, mas parece superado na comparação com outros longas.

Columbia Pictures/Divulgação

“Django Livre” (2012)
A releitura da escravidão deu sequência à remodelagem histórica vista em “Bastardos Inglórios”. Mas, pela primeira vez na carreira, Tarantino soou ensimesmado e autorreferencial: um choque entre a fábula de vingança e a pretensa reforma do faroeste.

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