metropoles.com

Oscar 2017: sem contar atrizes, mulheres representam 20% dos indicados

Estudo do Women’s Media Center indica que número de mulheres em categorias de bastidores diminuiu 2% em relação ao Oscar 2016

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Paris Filmes/Divulgação
la la land, emma stone
1 de 1 la la land, emma stone - Foto: Paris Filmes/Divulgação

As indicações ao Oscar 2017 geraram repercussão positiva pela presença de artistas negros nas categorias principais. Ainda assim, há um longo caminho a percorrer quando se fala de diversidade em Hollywood. Um estudo recente do Women’s Media Center aponta que mulheres representam apenas 20% dos indicados, sem considerar as categorias de atuação.

Isso quer dizer que, fora as dez mulheres obviamente listadas nas disputas de atriz e atriz coadjuvante, pouquíssimas aparecem em outras funções. Os 20% de 2017 representam uma queda de 2% em relação à edição 2016. Nas 19 categorias que não envolvem atuação, são apenas 37 mulheres contra 152 homens.

Arte/Metrópoles

 

Os holofotes em torno Oscar ajudam a entender uma falta de diversidade presente em toda a indústria de Hollywood, destacada em outro estudo recente. Esse relatório indica que, nos filmes de 2016, mulheres responderam por uma fatia de 17% de todos os diretores, produtores, roteiristas, montadores e diretores de fotografia.

Uma indústria masculinizada
Mas fiquemos com o que o Oscar 2017 traz de mais alarmante. Na categoria de fotografia, por exemplo, o prêmio vai para sua 89ª edição sem nunca ter indicado uma mulher. Nunquinha. Vale lembrar que o cargo de diretor de fotografia é dos mais importantes. Trata-se da profissão responsável pelo visual dos filmes, por moldar como cenários, atores e diálogos se apresentam ao público.

A função de compositor de trilha sonora também é bastante masculinizada. Mica Levi, indicada por “Jackie”, encerrou um hiato de 16 anos sem mulheres no páreo. A última compositora tinha sido Rachel Portman, que emplacou menções em dois anos seguidos por “Regras da Vida” e “Chocolate” e venceu por “Emma”.

Reprodução/Twitter
Joi McMillon, comontadora de “Moonlight” com Nat Sanders: primeira mulher negra mencionada na categoria

 

Uma categoria que vem tendo avanço é a principal, de melhor filme. Um total de 30 produtores responde pelos 8 longas indicados na categoria principal. Nove são mulheres. Entre elas está Dede Gardner, lembrada cinco vezes desde 2012 e citada em 2017 por “Moonlight – Sob a Luz do Luar”.

Ava DuVernay, de “Selma” (2014), foi a primeira diretora negra a ter uma produção indicada em melhor filme. Em 2017, ela retorna ao prêmio com o documentário “A 13ª Emenda”. Outra pioneira é a comontadora Joi McMillon, de “Moonlight”: primeira afro-americana lembrada na categoria.

Ainda assim, mulheres ainda são raras em direção e roteiro (adaptado e original). Em 2017, as três categorias, somadas, revelam uma única representante: Allison Schroeder, corroteirista de “Estrelas Além do Tempo” com o diretor Theodore Melfi.

Em 2010, “Guerra ao Terror”, de Kathryn Bigelow, se tornou o primeiro longa de uma mulher a ganhar o Oscar nas categorias de filme e direção. Desde então, nada de mulheres lembradas em direção e míseras quatro produções listadas na disputa principal – sendo uma delas “A Hora Mais Escura”, de Bigelow.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?