Oscar 2017: relembre as 20 indicações de Meryl Streep à estatueta
Atriz mais vezes indicada ao Oscar, ela viveu inúmeras personas no cinema. Relembre as performances que renderam a atenção do prêmio
atualizado
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Meryl Streep virou sinônimo de Oscar na cultura pop. As 20 indicações conquistadas tornam a americana uma recordista entre atrizes e atores: ninguém recebeu tantas indicações à estatueta dourada. Por isso, a poucos dias da próxima cerimônia (domingo, 26/2), vale relembrar cada uma das vezes em que a intérprete concorreu ao prêmio.
Aos 67 anos, Meryl acumula perto de 80 créditos de atuação. Por mais que o presidente americano Donald Trump considere a atriz “superestimada”, ela segue como uma artista única em Hollywood: capaz de mudar sotaque, feições e gestos para interpretar todo tipo de personagem possível.
Relembre as 20 indicações de Meryl Streep ao Oscar:
1978 – “O Franco Atirador”
Na primeira indicação, Meryl Streep vive Linda, namorada de um capitão (Christopher Walken) do exército americano. O filme propõe um profundo exame sobre os reflexos da Guerra do Vietnã a partir de dois rituais: casamento e serviço militar.
1979 – “Kramer vs. Kramer”
Faturou o Oscar já na segunda indicação à atriz coadjuvante. Ela vive Joanna, recém-separada de Ted (Dustin Hoffman). Os dois batalham na justiça pela guarda de Billy (Justin Henry), filho único do casal.
1981 – “A Mulher do Tenente Francês”
Na primeira indicação como melhor atriz, Meryl vive papel duplo. Anna estrela um filme sobre Sarah, que teve caso com um biólogo. Dentro e fora das telas, ela experimenta as amarguras e alegrias do relacionamento com Mike (Jeremy Irons), marido na realidade e amante na ficção.
1982 – “A Escolha de Sofia”
Meryl faturou o Oscar de melhor atriz ao viver uma sobrevivente dos campos de concentração nazistas. No pós-guerra, Sofia vive entre o relacionamento abusivo imposto por Nathan (Kevin Kline) e a amizade com o escritor Stingo (Peter MacNicol).
1983 – “Silkwood – O Retrato de uma Coragem”
A filiação de Meryl a papéis de mulheres fortes começou em “Silkwood”, filme inspirado em personagem real. Karen Silkwood foi morta em um misterioso acidente após denunciar violações de segurança e práticas reprováveis da usina nuclear em que trabalhava.
1985 – “Entre Dois Amores”
Típico épico que o Oscar adorava premiar nos anos 1980 e 1990, o romance acompanha os flertes entre uma madame dinamarquesa (Meryl) e um aventureiro inglês (Robert Redford). O filme dominou a premiação, mas hoje soa datado.
1987 – “Ironweed”
O talento de Meryl para conduzir dramas pesados se revelou pelo papel de Helen, uma doente terminal durante a Grande Depressão. Ela fez par com Jack Nicholson nesta crônica dirigida por Hector Babenco (1946-2016), argentino radicado no Brasil.
1988 – “Um Grito no Escuro”
Meryl vive uma mãe que tenta provar sua inocência depois de ser acusada pela morte de seu próprio bebê. Inspirado em história real, o filme acompanha o drama do casal adventista Chamberlain (Meryl Streep e Sam Neill), que teve sua filhinha morta por um cão selvagem na Austrália.
1990 – “Lembranças de Hollywood”
Duas atrizes, mãe e filha, voltam a viver juntas em Hollywood, nutrindo momentos felizes e turbulentos. O filme foi baseado no livro autobiográfico de Carrie Fisher, filha de Debbie Reynolds. As duas morreram num espaço de 48 horas em dezembro de 2016.
1995 – “As Pontes de Madison”
Certamente uma das mais notáveis atuações de Meryl. Ela divide com Clint Eastwood um breve relacionamento que dura quatro dias, mas muda a vida de uma dona de casa e de um fotógrafo. Romance baseado no best-seller de Robert James Waller.
1998 – “Um Amor Verdadeiro”
De volta aos dramas carregados que se especializou em fazer, Meryl interpreta uma mãe com câncer terminal. A filha (Renée Zellweger) larga a carreira em ascensão para acompanhá-la em seus últimos momentos.
1999 – “Música do Coração”
Outra história real que se tornou conhecida por meio de Meryl. Ela encarna uma professora de violino que tenta transformar o cotidiano de crianças carentes por meio da música. Rara e única incursão de Wes Craven, mestre do terror, no gênero dramático.
2002 – “Adaptação”
Desbravando a literatura, Meryl interpreta a escritora Susan Orlean neste filme metalinguístico escrito por Charlie Kaufman (“Anomalisa”). O drama envolve as crises do próprio Kaufman (vivido por Nicolas Cage) em sua tentativa de adaptar o romance “The Orchid Thief”, de Susan.
2006 – “O Diabo Veste Prada”
Ao lado de “A Morte lhe Cai Bem” (1992), a comédia representa a persona de Meryl mais assimilada pela cultura pop. Miranda Priestly, editora de uma conceituada revista de moda, inferniza as primeiras experiências profissionais de uma jornalista recém-formada (Anne Hathaway).
2008 – “Dúvida”
No papel da severa freira Aloysius Beauvier, Meryl inicia uma cruzada contra o padre Flynn (Philip Seymour Hoffman). Em tempos de abertura à diversidade, o primeiro aluno negro foi admitido na escola chefiada pela irmã. Ela denuncia e questiona a proximidade de Flynn com o garoto.
2009 – “Julie & Julia”
Em performance carismática, Meryl interpreta a chef Julia Child em seus primeiros anos de cozinha. O filme mistura a história da chef com o desafio encarado pela blogueira Julie Powell: ela tenta realizar as 524 receitas do primeiro livro de Julia num período de 365 dias.
2011 – “A Dama de Ferro”
Apesar da elogiada interpretação como Margaret Thatcher, o filme permanece como um dos mais fracos protagonizados por Meryl. A confusa trama envolve a biografia da ex-Primeira Ministra britânica e conversas imaginárias (e meramente expositivas) com o marido recém-falecido.
2013 – “Álbum de Família”
Um drama em que Meryl Streep basicamente aparece em cena e faz o que sabe: estreitar os limites entre o dramático e o cômico. Uma tragédia familiar reúne três filhas adultas com sua descompensada e imprevisível mãe (Meryl).
2014 – “Caminhos da Floresta”
Meryl Streep acumula papéis conhecidos em filmes musicais. Atuou em “Mamma Mia!” (2008) e personificou uma roqueira em “Ricki and the Flash” (2015). Em “Caminhos”, ela encarna uma bruxa que amaldiçoou um casal sem filhos.
2016 – “Florence: Quem É Essa Mulher?”
Meryl alcançou sua vigésima indicação ao Oscar ao viver a pior cantora de ópera do mundo. Baseado em personagem real, o filme narra o sonho de uma madame de Nova York que almeja soltar sua (desafinada) voz para plateias eruditas.