O Homem Cordial, do brasiliense Iberê Carvalho, estreia em maio
Dirigido pelo brasiliense Iberê Carvalho, O Homem Cordial estreia em 11 de maio nos cinemas e tem Paulo Miklos no elenco
atualizado
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O novo filme do diretor brasiliense Iberê Carvalho, O Homem Cordial, estreia em 11 de maio nos cinemas. A produção, que conquistou prêmios de Melhor Ator e Melhor Trilha Musical no Festival de Cinema de Gramado, tem Paulo Miklos no papel principal.
No longa, o ex-Titãs vive o músico Aurélio. Ele é líder de uma banda de rock chamada de Instinto Radical e questiona as injustiças sociais nas letras, mas se envolve em um incidente que termina na morte de um policial e gera o cancelamento do artista na Internet.
“As redes sociais são o ambiente perfeito para que ocorra o efeito manada, ou seja, quando um grupo de indivíduos segue a opinião ou ação de outros de forma irracional, sem analisar os fatos e fundamentos. No filme, vemos como cada comentário, cada postagem, cada curtida ou compartilhamento em uma fake news tem um impacto direto na vida de alguém no mundo real. E esse impacto se potencializa dependendo de que grupo social ou étnico você pertence”, explica Iberê em nota divulgada à imprensa.
Ele também elogiou a parceria de Miklos na construção do longa. De acordo com o brasiliense, o artista foi “muito disponível e generoso com os colegas de cena” e mostrou muita vivacidade nas cenas em que sobe ao palco. “São mais de 40 anos de experiência com uma das maiores bandas de Rock do Brasil de todos os tempos. Todo esse passado está impresso no filme com uma potência impressionante.”
O roteiro, escrito em parceria com o uruguaio Pablo Stoll, trabalha com o conceito de O Homem Cordial criado por Sérgio Buarque de Holanda no livro Raízes do Brasil (1936). A ideia é falar sobre pessoas que agem de forma passional e mascaram relações de conflito e violência na sociedade.
“Jogamos fora o outro roteiro e começamos a escrever um novo, baseado na jornada de uma noite de um ‘homem cordial’ que não consegue acreditar no que sua cidade, seu país, se tornou. Uma viagem por um inferno em que está submerso e que se revela envolvente e insondável. Já o filme, graças à direção de Iberê, cresceu bastante com as tomadas de decisão que só um grande diretor faria”, avalia Stoll.