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Ninguém é de Ninguém: filme espírita discute relacionamentos abusivos

O Metrópoles entrevistou o diretor e o elenco de Ninguém é de Ninguém, com Carol Castro, Danton Mello, Rocco Pitanga e Paloma Bernardi

atualizado

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Carol Castro e Danton Mello no filme Ninguém é de Ninguém
1 de 1 Carol Castro e Danton Mello no filme Ninguém é de Ninguém - Foto: Divulgação

Com estreia prevista para a próxima quinta-feira (20/4), Ninguém é de Ninguém é mais um longa que entra na lista de produções nacionais sobre o espiritismo. O novo filme mescla o tema religioso com questões sociais importantes, como relacionamentos marcados por abusos verbais, emocionais e físicos.

Baseado no livro homônimo da escritora e médium Zíbia Gasparetto (1926-2018), uma verdadeira best-seller do ramo, com mais de 18 milhões de títulos vendidos, o filme conta a história de um casal cuja vida é corroída pelo ciúme. Com cenas intensas e marcadas pela violência, a produção exigiu amparo aos atores e à equipe de produção.

“A equipe era majoritariamente formada por mulheres. Nas cenas de violência que envolviam homens e mulheres, isso repercutiu muito intensamente nas mulheres”, conta ao Metrópoles o diretor Wagner de Assis, conhecido por filmes com temática espiritualista como Nosso Lar e do documentário Chico Para Sempre.

De acordo com o cineasta, o dia a dia no set envolvia atividades como ioga, uso de incensos e perfumes e distribuição de doces para amenizar o impacto das gravações: “Tudo o que podíamos fazer para que o processo não fosse dolorido, a gente fez”.

Trama de Ninguém é de Ninguém

No filme, Gabriela (Carol Castro) vê sua vida profissional decolar ao mesmo tempo em que seu marido, Roberto (Danton Mello), é roubado por um sócio. O ciúme do esposo desperta o relacionamento tóxico vivido entre os dois. “Em vários momentos, tinha cenas muito fortes e difíceis, porque você se põe no lugar de outras mulheres, e é duro, é real”, explica Carol Castro.

Selmy Yassuda/DivulgaçãoPaloma Bernardi no filme Ninguém é de Ninguém
Paloma Bernardi no filme Ninguém é de Ninguém

“Precisei ter uma concentração muito aguçada, para que na cena viesse o Roberto, e quando cortava, tentava sair, mas foi um personagem difícil. Levei ele muitas vezes para casa. Ele é um ser muito desprezível, um exemplo de ser humano que não deveria existir”, conta Danton.

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