Netflix: 3 motivos para ver Rolling Thunder Revue, doc sobre Bob Dylan
Entre depoimentos, registros de shows e história oral, filme volta aos anos 1970 para narrar a caravana do roqueiro ao lado de amigos
atualizado
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Enquanto The Irishman não ganha data de estreia, Martin Scorsese dá um tempo em suas histórias de mafiosos e homens hediondos para lançar na Netflix um novo documentário sobre Bob Dylan, de quem é obviamente fã devoto. A começar pelo título, o documentário Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story by Martin Scorsese reforça o magnetismo desse reencontro. Trata-se de um passeio poético pela icônica turnê do trovador folk entre 1975 e 1976 guiado pelo olhar febril de um cineasta que também viveu intensamente os anos 1970.
Para quem não sabe, Scorsese é um baita documentarista. Seu trabalho de não ficção talvez mais aclamado seja justamente No Direction Home (2005), no qual o cineasta perfila as metamorfoses de Dylan entre 1961 e 1966, de jovem salvador do folk a rockstar universal.
Rolling Thunder Revue avança no tempo e encontra um Dylan ainda rejuvenescido e à guisa de revoluções. O período era deveras conturbado: Estados Unidos em crise política e econômica, ressaca social pós-Guerra do Vietnã e juventude algo desencantada quanto ao futuro.
Ele se junta a uma porção de artistas, como Joan Baez, Joni Mitchell, Ramblin’ Jack Elliott e o poeta Allen Ginsberg, para uma caravana poética programada sobretudo para visitar cidades de médio e pequeno porte. Como bem define o dramaturgo, escritor e amigo Sam Shepard no filme, aquela turma no palco “era uma entidade”, sem estrelato individual.
Três razões para ver Rolling Thunder Revue: