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Mostra de São Paulo: mundo atual é retratado em seleção de 300 filmes

A 42º edição do evento exibe as produções vencedoras dos principais festivais do mundo, como Cannes, Berlim, Locarno e Veneza

atualizado

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1 de 1 godard imagem e palavra - Foto: Divulgação

Será uma mostra de grandes comemorações – 20 anos de Central do Brasil, de Walter Salles; 30 anos de Asas do Desejo, de Wim Wenders, e Feliz Ano Velho, de Roberto Gervitz; 50 anos de O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla, e O Bravo Guerreiro, de Gustavo Dahl; 200 anos de Karl Marx, com vários filmes.

E a 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que começa nesta quarta (17/10), para convidados, com o filme A Favorita, de Yorgos Lanthimos, trará todo o ouro do mundo, os vencedores de Cannes (Assunto de Família, de Hirokazu Kore-eda); Berlim (Não Me Toque, de Adina Pintilie); Locarno (Uma Terra Imaginada, de Siew Hua Yeo); e Veneza (Roma, de Alfonso Cuarón).

No total, serão 300 filmes, em 31 pontos de exibição – 70 brasileiros e 30 latino-americanos. Como sempre, a mostra dá a volta ao mundo e abre uma janela para que o cinéfilo descubra as novas tendências do cinema mundial. O compromisso do evento com o novo leva à suprema inovação – um aplicativo que, além de trazer a programação completa e atualizada, com notícias da Mostra em tempo real, permitirá as compras de credenciais digitais, a compra de ingressos (ou a reserva para credenciados).

Para o cinéfilo que só quer ver filmes, a oferta é tão variada quanto impressionante. Mas Renata de Almeida, que organiza a festa, observa. Desde o cartaz de Laurie Anderson, que inspira a vinheta e uma grande exposição em realidade virtual, Chalkroom, no anexo do Cinesesc – outra novidade –, a mostra deste ano tem compromisso muito forte com a palavra. Não por acaso, Jean-Luc Godard (foto no topo), que segue revolucionário – da linguagem – aos 87 anos, participa da seleção com Imagem e Palavra. Em parceria com o Spcine e o Cinema do Brasil, deverá ocorrer pela primeira vez o Mercado de Ideias Audiovisuais e, pela segunda, o Fórum Mostra. É importante discutir as novas tendências e o estado do Brasil e do mundo.

Como contribuição ao debate sobre o ódio que nos dilacera, Spike Lee propõe Infiltrado na Klan, e o filme, que evoca os anos 1970, chega no desfecho a 2017 e aos eventos sangrentos de Charlottesville, que expõem a era Donald Trump. A política e o ódio atravessam a programação com Amos Gitai (Carta para um Amigo em Gaza) e Lars Von Trier (A Casa Que Jack Construiu). Nem com toda a boa vontade do mundo você conseguirá assistir a todos os 300 filmes anunciados. Talvez uns 10%, ou 5%.

Mas existem obras que são essenciais, viscerais (abaixo). Como contribuição para um mundo melhor, a mostra segue com suas premiações honorárias. O prêmio Humanidade de 2018 será atribuído ao japonês Kore-eda e ao brasileiro Drauzio Varella. O iraniano Jafar Panahi, confinado em seu país, será homenageado com a exibição de seu (talvez) melhor filme, 3 Faces, e com o Prêmio Leon Cakoff.

PRECIOSIDADES PARA CINÉFILOS

A Árvore dos Frutos Selvagens

O júri de Cannes preferiu Hirokazu Kore-eda, mas o turco Nuri Bilge Ceylan tocou de novo a obra-prima. Uma família, o filho pródigo. Ele é tão revoltado que recorre a dois imames para tentar entender o pensamento do Profeta.

Domingo

Na ficção de Fellipe Barbosa e Clara Linhart, Lula é candidato em 2003, mas é difícil não pensar no Brasil de 2018.

Guerra Fria

O polonês Pawel Pawlikowski, de Ida, inspira-se em seu pai e sua mãe para contar a história de um casal que não consegue viver junto nem separado.

Como Fernando Pessoa Salvou Portugal

Uma joia de curta-metragem de Eugène Green. O belo Carloto Cotta, como o poeta, salva seu país da ditadura do mercado.

Imagem e Palavra

Godard e o estado do cinema em 2018. Sob os olhos do Ocidente, o mundo árabe, a guerra, os paraísos perdidos.

Infiltrado na Klan

Policial negro cria persona (branca) para se infiltrar na Ku Klux Klan, e Spike Lee expõe o racismo na “América”.

Leto/Verão

Triângulo amoroso sobre fundo de rock na perestroika. O diretor Kirill Serebrennikov está preso sem prova na Rússia.

Trem das Vidas

Um só ângulo dentro de um vagão, as viagens de Angélica. De Paul Vecchiali, uma mulher em face da vida, do amor, da morte.

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