Mostra Brasília: sessão de quarta tem grito contra racismo e homofobia
Equipe do curta “Afronte”, sobre negros gays, fez discurso emocionante contra a intolerância
atualizado
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“Afronte”, de Marcus Azevedo e Bruno Victor, mostra o cotidiano de negros gays na capital. A equipe do filme marcou posicionamento de luta contra homofobia e racismo na apresentação do curta. O filme abriu a Mostra Brasília na noite desta quarta (20/9), no 50° Festival de Brasília.
“Nós, povo preto e população LGBT, sempre estamos privados de amar uns aos outros”, disse Victor emocionado depois de ler notícia sobre um juiz do DF ter legalizado a cura gay. “Nós que somos bichas pretas sofremos duplamente. Mas estamos aqui pra dizer que somos fortes e vamos continuar. Racismo e homofobia são doenças”, completou.
O longa da noite, “Jeitosinha”, de Johil Carvalho e Sérgio Lacerda, traz no elenco André Mattos e Andrade Junior. Baseado em websérie do chargista Mauricio Ricardo, o filme acompanha uma jovem de 18 anos (Bianca Müller) que, aos poucos, descobre não ser mulher.
“É uma comédia pra gente se divertir. Mas também fala sobre aceitação e amor”, disse Lacerda. “Nesse momento do Brasil, a gente precisa amar sem temer”, falou Bianca.
Também foram exibidos os curtas “Habilitado para Morrer”, de Rafael Stadniki, e “A Inviolável Leveza do Ser”, de Júlia Zakarewicz.