Morre o documentarista Manfredo Caldas, aos 69 anos
Nascido na Paraíba, o cineasta Manfredo Caldas dirigiu filmes como o “Romance do Vaqueiro Voador” e “Negros de Cedro”
atualizado
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O cineasta paraibano Manfredo Caldas, de 69 anos, morreu na última sexta-feira (25/11). O documentarista, que vivia em Brasília desde 1995, acumulou inúmeros prêmios em sua carreira e consagrou-se na história do cinema brasileiro.
Entre suas obras, destaca-se o “Romance do Vaqueiro Voador” (2008). O filme, inspirado no cordel de João Bosco Bezerra Bonfim, conta a história dos operários que construíram a capital da República. No longa-metragem, que mistura ficção e documentário, o cineasta retratou as péssimas condições de trabalho das pessoas que deixaram suas cidades para fundar Brasília.
Em 1988, pelo documentário de longa-metragem “Uma Questão de Terra”, Manfredo foi aclamado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Entre os anos de 1990 e 1992, o paraibano mudou-se para Cuba a convite da Escuela Internacional de Cine y Television. Durante esses dois anos, ministrou aulas de montagem e edição, e assumiu a chefia de cátedra dessas disciplinas.
Amigo de longa data do também cineasta e documentarista Vladimir Carvalho, Manfredo dirigiu o filme “Negros de Cedro” (1998) – escrito por Vladimir. Além dessa película, os dois produziram o longa-metragem “Barra 68 – Sem Perder a Ternura” (2001).
A obra relata a luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 1960 para criar a Universidade de Brasília (UnB) e as repetidas agressões que a instituição sofreu, desde o golpe militar de 1964 até os acontecimentos de 1968, quando foram detidos cerca de 500 estudantes.
O velório do cineasta ocorrerá no domingo (27), na capela 7 do Cemitério da Boa Esperança, das 14h30 às 18h30. A causa da morte de Manfredo ainda não foi divulgada.
Repercussão
Na página pessoal de Manfredo Caldas, no Facebook, amigos e artistas lamentaram a morte do cineasta. Os posts celebram a generosidade e a genialidade do diretor.