Morre Maria Rita Galvão, importante pensadora do cinema nacional
Tinha 78 anos e deixa livros obrigatórios, como “Burguesia e Cinema: O Caso Vera Cruz”. O enterro será nesta quinta (20/7) em São Paulo
atualizado
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Morreu aos 78 anos, na terça-feira (18/7), a professora da USP e pesquisadora de grande importância para o cinema brasileiro Maria Rita Galvão.
Maria Rita deixa pelo menos dois livros obrigatórios – “Burguesia e Cinema: O Caso Vera Cruz”, fruto de suas pesquisas de mestrado (“Crônica do Cinema Paulistano”, 1975), e doutorado (“Vera Cruz, a Fábrica de Sonhos”, 1976) e “O Nacional e o Popular na Cultura Brasileira: Cinema”, parceria com Jean-Claude Bernardet (1983).
O roteiro de “Sonho Sem Fim”, longa ficcional de Lauro Escorel, sobre o cineasta gaúcho Eduardo Abelin, baseou-se, segundo testemunho do diretor, em pesquisa de Maria Rita Galvão e Rudá de Andrade.
Trajetória
As últimas imagens de Maria Rita Galvão estão registradas no documentário “Escola de Cinema”, de Angelo Ravazi, que estreou no Cine OP, em Ouro Preto. O filme é sobre a Escola de Comunicações e Artes, da USP, na qual Maria Rita foi uma das primeiras alunas e depois se tornou professora.
Em suas intervenções, ela fala dos desafios de uma escola de audiovisual fundada em plena ditadura militar. Ela e outros pesquisadores e professores como Carlos Augusto Calil, Jean-Claude Bernardet e Ismail Xavier relembram de propostas da nova escola e da figura marcante para todos que foi o intelectual, ensaísta e fundador da Cinemateca Brasileira Paulo Emilio Salles Gomes.
A pesquisadora e professora da USP foi velada no Cemitério de Sousas e seu enterro será realizado na quinta (20/7), às 10h, no Cemitério São Paulo (rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros).