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Morre Bibi Andersson, atriz sueca que Bergman descobriu

Intérprete atuou nos principais filmes do diretor sueco, como Persona e Morangos Silvestres

atualizado

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bibi andersson perdsona
1 de 1 bibi andersson perdsona - Foto: Reprodução/MGM/IMDb

Morreu nesse domingo (14/04/19), aos 83 anos, a atriz sueca Bibi Andersson, uma das favoritas do diretor Ingmar Bergman (1918-2007), com quem trabalhou em alguns de seus maiores clássicos, entre eles Persona, que a tornou mundialmente conhecida. A atriz, que sofreu um derrame cerebral em 2009, estava hospitalizada na França. Sua morte foi confirmada pela cineasta sueca Christina Olofson, sua amiga pessoal.

Bibi Andersson começou a carreira de atriz já pelas mãos de Bergman, que a dirigiu num comercial de televisão do sabão Bris para a Unilever sueca, em 1951. Em 1956, aos 21 anos, integrou o elenco de O Sétimo Selo, interpretando uma das integrantes da trupe dessa alegoria apocalíptica ambientada na Idade Média europeia. No ano seguinte, ela voltaria a atuar sob a direção de Bergman em outro clássico do cineasta sueco, Morangos Silvestres (1957), em que interpretou Sara, um dos jovens que o velho professor de medicina Isak Borg (Victor Sjöström) conhece pelo caminho de sua viagem para receber uma homenagem.

Mas ela será eternamente lembrada por sua atuação como Alma, enfermeira de uma atriz (Liv Ullman) em Persona (exibido no Brasil como Quando Duas Mulheres Pecam). Realizado em 1966, é uma das mais densas obras de Bergman. O filme trata do drama de uma artista que surta durante uma performance de Electra, permanecendo em estado catatônico. A identificação entre enfermeira e paciente é tão grande que as duas se unem em uma relação simbiótica, captada com sensibilidade pela câmera de Sven Nykvist, fotógrafo habitual de Bergman.

Bibi Andersson trabalhou com outros grandes cineastas – como os americanos John Huston e Robert Altman, para citar apenas dois. A atriz também chegou a atuar na Broadway em 1973, mas não fez carreira nos EUA, onde também filmou com Bergman uma de suas obras menos lembradas, A Hora do Amor (The Touch, 1971). Seu último filme foi The Frost (2009), dirigido pelo catalão Ferran Audí e baseado em peça de Henrik Ibsen sobre um casal em crise após a morte do único filho.

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