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Metrópoles elege os três piores filmes de 2016

Os longas tiveram bons resultados de bilheteria, mas decepcionaram os espectadores, que esperavam “um tchan” a mais nas produções

atualizado

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Cinema
1 de 1 Cinema - Foto: iStock

2016 não foi um ano fácil. Impeachment, crise econômica e uma pancada de filmes ruins. Alguns eram previsíveis, outros foram verdadeiras decepções. O Metrópoles escolheu três longas que deveriam impactar o cinema, mas não cumpriram a promessa.

Warner Bros./Divulgação

 

1. “Batman vs Superman – A Origem da Justiça”
O filme não é horrível. Isso seria injusto. Mas sabe quando você sai do cinema com aquela sensação de “poxa vida, só isso?”. O longa, dirigido por Zack Snyder, é apressado e o “turning point” que transforma o conflito em união é constrangedor — sim, estamos falando daquele ~diálogo~ sobre o nome Marta.

A temática obscura que permeia o longa também cansa um pouco. A maior decepção é o Batman de Ben Affleck? Não. O “troféu” pertence ao Lex “Lunático” Luthor vivido por um Jesse Eisenberg tresloucado. O vilão mais parece um coringa do que o frio e meticuloso maníaco da kriptonita.

“Batman vs Superman” decepcionou, porém, a gente não perde as esperanças e torce pelo longa da Mulher Maravilha.

Divulgação

 

2. “Esquadrão Suicida”
Diz o ditado que se a vida te der um limão, faça dele uma limonada. Entretanto, o diretor David Ayer transformou o limão em um laranjada azeda. A premissa do longa era ótima: vilões viram a única opção de salvação da humanidade.

Mas de premissas boas o mundo dos fracassos está cheio. “Esquadrão Suicida” esquece que vilões são os caras malvados. De repente, um bando de “escrotões” passa a se pautar por valores morais (what?) elevados.

“Esquadrão Suicida” rapidamente se assenta nos moldes de todos os outros blockbusters: um grupo de pessoas que não se conhece tem de unir forças para combater uma criatura mais poderosa que eles. Se alguém os substituísse por super-heróis, o filme seria o mesmo. E igualmente fraco.

Para não dizer que é tudo horrível, a Arlequina (Margot Robbie) dá uma graça à produção, em contraponto ao inútil e estragado Coringa de Jared Leto.

 

Divulgação Record

 

3. “Os Dez Mandamentos — O Filme”
A versão cinematográfica da novela da Record é o filme que mais vendeu ingressos no Brasil em 2016. É isso. Afinal, existem enormes suspeitas se de fato as pessoas foram ao cinema conferir a produção. Fora a polêmica, o longa não acrescenta grandes coisas à cinegrafia nacional.

À maneira de um programa televisivo da rede aberta, “Os Dez Mandamentos” é ingênuo. A saga de Moisés (Guilherme Winter), o bebê israelita criado no palácio do faraó, é contada no ritmo de uma compilação de melhores momentos: a edição afobada nem espera que um diálogo termine para que a cena seguinte surja na tela.

A produção é só superfície, com cenários genéricos, roupas asseadas e uma multidão de personagens lendo falas e exibindo expressões faciais.

Os efeitos visuais são outro ponto ruim do filme. Em uma trama cheia de acontecimentos sobrenaturais, eles deveriam ocupar posição de centralidade. No entanto, parecem adaptações feitas pelo estagiário.

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