Maternidade e divórcio: o que esperar de Bruna Surfistinha 2
O filme pode ser beseado na vida da Raquel Pacheco, que inspirou o primeiro filme com a autobiografia
atualizado
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A sequência do filme Bruna Surfistinha foi anunciada, na última quarta-feira (30/7). O primeiro longa foi uma adapação do livro O Doce Veneno Do Escorpião: o Diário de uma Garota de Programa, de Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha da vida real.
Na trama, a jovem Raquel (Deborah Secco), filha de classe média paulistana, sai de casa e para virar garota de programa e, gradualmente, vai se transformando na Bruna Surfistinha, que se torna uma celebridade nacional.
Ao que parece, assim como o primeiro filme, o segundo também vai terá a história de Raquel como base. Não à toa, a inspiração para o personagem comemorou o anuncio da sequência.
“Estou voltando. Eu estou bem. A Justiça dos homens, principalmente de Deus, está feita e tudo está fluindo. Voltei para compartilhar essa notícia maravilhosa. E em breve eu voltaria com tudo. Aguardem”, escreveu Raquel Pacheco em um post nas redes sociais.
Agora, o público se pergunta qual será o enredo da trama da sequência. Fizemos um compilado de informações que podem te ajudar a desvendar o enredo de Bruna Surfistinha 2.
O que aconteceu depois do filme?
Depois do lançamento do primeiro filme, em 2011, Raquel não saiu da mídia. Pouco tempo depois de conquistar a fama, ela se assumiu bissexual, feminista e comentou que não voltaria a ser garota de programa.
Ao longo de mais de uma década, ela se envolveu em polêmicas de maus-tratos a animais, um divórcio conturbado e começou a abordar sobre maternidade e direitos da comunidade LGBTQIA+ nas redes sociais, onde tem mais de 236 mil seguidores.
A carreira na prostituição acabou em 2005, como revelado na última página do livro. No mesmo ano, ela se casou com João Correa de Moraes. O relacionamento durou uma década.
Depois, Bruna se relacionou com o ator e artista plástico Xico Santos, com quem tem duas filhas, as gêmeas Maria e Elis.
Maternidade
A maternidade, aliás, é um tópico importante na vida de Raquel, já que ela recebeu uma série de comentários ofensivos após anunciar a gravidez.
“É como se eu não pudesse ser mãe, como se eu não pudesse construir uma família. Os haters sempre existiram na minha vida virtual. (…) É muito fácil atacar virtualmente, mas olho no olho as pessoas não têm coragem. Óbvio que (pessoalmente) percebo quando sou julgada. Não sou obrigada a gostar de todo mundo e ninguém é, mas o respeito é o básico”, desabafou ela ao quadro SOS HERvolution.
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A eterna Bruna Surfistinha também contou detalhes sobre como a gestação a fez amadurecer, entrevista ao podcast PodSexy.
“Quando a gente é mãe, para a gente resgatar o relacionamento, demora muito, e nem sempre o pai tem paciência. Nem sempre o pai consegue enxergar a mãe mulher, que mudou. A gente muda, não continua sendo a mesma que ele se apaixonou lá no comecinho. A gente envelhece dez mil anos numa gestação, a gente fica mais chata, reclama mais, e a gente tem esse direito”, disse.
Ela também contou sobre um aborto sofrido em 2022 “Engravidei no ano passado, em julho, descobri em agosto e acabei perdendo, infelizmente. Foi um filho que não era desejado, foi um susto pra gente, a gente estava aceitando. Infelizmente, acabei sofrendo um aborto em casa mesmo. E a partir disso, mudou muito. Não tive apoio nenhum depois do meu aborto. Não recebi um abraço, uma palavra de conforto por parte do Xico. Foram meus amigos que me acolheram naquele momento”, lamentou.
Dinheiro
Após deixar a prostuição, Raquel começou a trabalhar como DJ e até palestrante, com workshops sobre sexualidade feminina e maternidade. Além disso, ela recebe por direitos autorais do filme Bruna Surfistinha, que foi sucesso de bilheteria, uma série e livros sobre a sua história.
Ainda no segmento de sexualidade, ela abriu uma loja de brinquedos eróticos.
“Não fiquei milionária e não posso me dar ao luxo de me aposentar e não fazer mais nada. Gostaria muito”, disse ela, em entrevista ao EXTRA, em 2021.
O que dizem o diretor e o produtor?
O diretor da sequencia será o mesmo do primeiro longa, Marcus Baldini. “É impressionante ver como o primeiro Bruna é um filme que permanece vivo e continua atraindo atenção dos espectadores. Olhando para o mundo de hoje, muito diferente do que era 15 anos atrás (data do início das filmagens), vejo como vai ser um desafio grande dar continuidade a essa história”, afirmou o cineastra.
“Ao mesmo tempo, me parece uma grande oportunidade visitar de novo essa personagem junto com a Deborah. Agora, de um ponto de vista mais maduro tanto do lado pessoal como profissional”.