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Martin Scorsese diz que cinema está mudando e defende uso do TikTok

Diretor de filmes como Assassino da Lua das Flores, Martin Scorsese defende que o cinema não está morrendo e sim mudando

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O diretor Martin Scorsese foi homenageado durante o Festival de Berlim e aproveitou a passagem pelo evento para conversar com jornalistas. Na ocasião, ele revelou acreditar na longevidade da sétima arte e ressaltou que as tecnologias facilitam os acessos para jovens, mas também permitem novas formas de expressão audiovisual. 

“Não creio que o cinema esteja morrendo, nem que vá morrer. Está mudando. A mudança faz parte. O importante são as vozes individuais. Tem gente que se expressa no Tiktok, em um filme de duas ou de quatro horas. O importante é a expressão que impulsiona a gente a fazer arte”, afirmou em coletiva divulgada. 

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Martin Scorsese
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Mesmo celebrado como um dos grandes diretores de Hollywood nos últimos 50 anos, Martin Scorsese tem dificuldade para financiar projetos. "O Lobo de Wall Street" (2013) recorreu a produtoras independentes e "Silêncio" (2016) teve orçamento enxuto e levou anos para ser concretizado. O próximo filme dele, "The Irishman" (2018), terá orçamento de US$ 105 milhões bancado pela Netflix. A duvida é: será lançado nos cinemas ou só no streaming?
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A Apple vai produzir o novo filme do diretor Martin Scorsese

Marilla Sicilia/Archivio Marilla Sicilia/Mondadori Portfolio via Getty Images
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Mesmo celebrado como um dos grandes diretores de Hollywood nos últimos 50 anos, Martin Scorsese tem dificuldade para financiar projetos. "O Lobo de Wall Street" (2013) recorreu a produtoras independentes e "Silêncio" (2016) teve orçamento enxuto e levou anos para ser concretizado. O próximo filme dele, "The Irishman" (2018), terá orçamento de US$ 105 milhões bancado pela Netflix. A duvida é: será lançado nos cinemas ou só no streaming?

Olivia Harris/REUTERS

Ele disse ainda que, quando começou a produzir filmes na década de 1960, não tinha acesso a muitas obras. De acordo com o relato do diretor, era difícil encontrar cópias e muitas das que existiam estavam arranhadas e com imagens danificadas. “Hoje, quase tudo está ao alcance das novas gerações.”

O fácil acesso, no entanto, também reforça a importância da existência de críticas, na visão do cineasta, para guiar o público a bons longas. “Nessa quantidade muito grande de ofertas para se ver, conhecer, o espectador, principalmente jovem, precisa de alguém para orientar seus passos e ajudar na seleção”, avalia.

Scorsese falou ainda sobre os novos talentos da área do cinema, nos quais ele está sempre de olho. “Procuro acompanhá-los, há muita gente que me interessa”, revelou. E aproveitou ainda para fazer uma avaliação do próprio trabalho, em comparação ao que realizou na juventude. 

“Quando jovem eu, talvez, sonhasse mais, tivesse mais ambição. Hoje, quando filmo uma cena, me preocupo mais com a posição dos atores, da câmera. Onde vou cortar? Quando se faz muitos filmes há uma tendência a repetir-se. Tento evitar isso, continuo buscando o frescor de cada cena”, analisou o diretor de Assassino da Lua das Flores.

Martin Scorsese prepara filme sobre Jesus nos tempos atuais: entenda

Martin Scorsese conquistou dois prêmios no New York Film Critics Awards e um Globo de Ouro com Assassino da Lua das Flores e agora já sabe qual será seu próximo passo profissional. Antes mesmo das indicações ao Oscar, o diretor se prepara para fazer um filme sobre Jesus. 

A produção será inspirada no livro A Vida de Jesus (A Life of Jesus, no original), de Shūsaku Endō, e vai falar sobre os ensinamentos do profeta cristão. A informação foi confirmada pelo diretor ao LA Times. 

“Respondi ao apelo do Papa [Francisco] aos artistas da única maneira que conheço: imaginando e escrevendo um roteiro para um filme sobre Jesus”, afirmou Scorsese. 

Diferente dos tradicionais filmes bíblicos, o longa será ambientado principalmente nos dias atuais e deve ter cerca de 80 minutos. O roteiro foi finalizado em parceria com Kent Jones e tem o objetivo de tornar a produção atemporal. 

Vale lembrar que Martin Scorsese dirigiu A Última Tentação de Cristo, de 1988, onde também atuou como Isaiah. No longa, Jesus passa um período no deserto até se reconhecer como filho de Deus, é crucificado e tentado a imaginar como seria a vida dele como uma pessoa comum.

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