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Mariguella, de Wagner Moura, estreia no Brasil em novembro

O longa, que já passou em diversos festivais internacionais, conta a história do guerrilheiro assassinado pela ditadura militar

atualizado

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Ariela Bueno/Divulgação
Marighella red
1 de 1 Marighella red - Foto: Ariela Bueno/Divulgação

O filme Marighella, que conta a história do guerrilheiro e militante morto pela ditadura militar, estreia nos cinemas brasileiros no dia 20 de novembro. Dirigido por Wagner Moura e produzido pela O2 Filmes, o longa traz o ator Seu Jorge no papel principal.

A fita teve boa acolhida nos principais festivais de cinema do mundo, entre eles, Berlim, Seattle, Hong Kong e Sydney. Além de Seu Jorge, Bruno Gagliasso, Humberto Carrão, Bella Camero, Maria Marighella, Ana Paula Bouzas e Henrique Vieira integram o elenco.

“Desde que lançamos o filme no Festival de Berlim, que foi um acontecimento muito especial, Marighella vem passando por diversos festivais incríveis, com críticas consagradoras da imprensa internacional. Mas a melhor notícia que recebi nos últimos tempos é que já temos uma data de estreia no Brasil, em uma data linda, o Dia da Consciência Negra, o que me deixa muito feliz”, afirma Moura.

Marielle Franco

No Festival de Berlim, Wagner Moura aproveitou o tapete vermelho e os holofotes em torno do evento para homenagear Marielle Franco, morta a tiros há quase um ano, no Rio de Janeiro. Ele posou para fotos segurando uma placa com o nome da vereadora.

Em 2018, pouco antes das eleições, o então candidato a deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) destruiu uma placa parecida, colocada por apoiadores da política do PSol nas proximidades da sede da Câmara Municipal do Rio.

Em coletiva de imprensa no festival, Moura, estreante como diretor, fez comparações entre Marighella e Marielle.

“Marighella, negro e revolucionário, foi assassinado por forças do Estado em 1969 no seu carro e, 50 anos mais tarde, uma vereadora negra morreu da mesma forma nas mãos, provavelmente, de agentes do Estado”, disse o cineasta.

O ator também criticou o Estado brasileiro, classificado por ele como racista. “A violência de 50 anos atrás é a mesma que se emprega hoje contra a população das favelas, e a polícia não está treinada para proteger os cidadãos”, analisou.

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