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Chegou vaiado, saiu aplaudido

Apesar dos protestos da plateia antes da exibição do filme, mostrado neste sábado (19/9), “Big Jato” foi ovacionado de pé no Festival de Brasília

atualizado

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Matheus
1 de 1 Matheus - Foto: Gabriel Pereira/Metrópoles

O público que vaiou Cláudio Assis antes da sessão de seu novo filme, “Big Jato”, foi o mesmo que aplaudiu o longa nos créditos finais. Com trama mais acessível e cômica do que seus trabalhos anteriores, a produção parece ter desarmado a plateia durante a sessão. Baseado em livro de Xico Sá, o filme valeu-se do humor escrachado ao narrar as descobertas poéticas, sentimentais e sexuais de um garoto sonhador no interior de Pernambuco. Antes da exibição, porém, a atmosfera foi de indignação do público e constrangimento de Assis e equipe na apresentação do longa.

Recepção hostil
Duas vezes vencedor do festival, por “Amarelo Manga” e “Baixio das Bestas”, Cláudio Assis foi recebido com muitas vaias pelo público. Com gritos de “machista!” e “machistas não passarão!”, o pernambucano e sua equipe subiram ao palco para apresentarem o longa “Big Jato”.

Ao ouvir as manifestações, Assis ironizou mandando beijo para o público. O protesto ocorreu devido a um recente episódio ocorrido na Fundação Joaquim Nabuco, no Recife (PE). Ele e seu conterrâneo Lírio Ferreira atrapalharam o debate da diretora Anna Muylaert, de “Que Horas Ela Volta?”.

Xico Sá, autor do livro que deu origem ao filme, gritou de volta: “viva a vaia!”. Interrompido pela plateia, Assis se mostrou visivelmente irritado no palco. Matheus Nachtergaele pegou o microfone e a plateia finalmente se acalmou. “Podemos vaiar nossos horrores e aplaudir nossas maravilhas”, disse o protagonista do longa. Tentando claramente abrandar os ânimos, Matheus celebrou o elenco infanto-juvenil do filme.

Assis ainda tomou o microfone uma última vez e, sob os protestos da plateia, celebrou a importância de Vladimir Carvalho para o cinema nacional. “Também dedico essa sessão à minha mãe, uma mulher nordestina”, disse.

Trama familiar e homenagem a Afonso Brazza
Primeiro título a ser exibido na noite, “Quintal” traz direção de André Novais Oliveira. No filme, o cineasta volta a filmar com seus pais, também presentes no longa “Ela Volta na Quinta”, que competiu pelo Candango ano passado. “Queria dedicar o filme a eles”, disse o realizador, durante a cerimônia.

Bastante aplaudido, o documentário “Afonso É uma Brazza” narra um perfil do mítico cineasta-bombeiro. O trabalho demorou 16 anos para ser finalizado. Vestindo camisetas em referência ao filme, os membros da equipe subiram ao palco para apresentar o média-metragem.

“Brasília foi a casa que acolheu o Brazza. Esse filme tem história interessante. Foi rodado em 1999, em película, com o Brazza em plena atividade. Aproveitamos o momento pra fazer um bastidor do filme”, disse James Gama, que codirige a produção com Naji Sidki.

“Ele respirava cinema. E aprendeu a fazer do jeito que sabia, como aprendeu na Boca do Lixo. Com pouco recurso e muito improviso. Mas com amor, criatividade e raça, como ele dizia. Ele foi um sonhador que realizou o que queria.”

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