Longa brasiliense Valentina é o grande vencedor do festival Mix Brasil
Com enredo construído a partir da história de uma adolescente trans, o filme tem se destacado nos principais festivais do mundo
atualizado
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O Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, realizado entre 11 e 22 de novembro, anunciou nesse domingo (22/11) os vencedores de sua 28ª edição. O longa-metragem brasiliense Valentina foi o grande destaque, levando quatro prêmios para casa. Entre eles, o de Melhor Filme Brasileiro e Melhor Roteiro.
Primeiro longa dos irmãos Cássio e Erika Pereira, Valentina também marca a estreia da protagonista Thiessa Woinbackk no cinema. A youtuber transexual interpreta uma adolescente de 17 anos, também trans, que dá nome ao filme. No enredo, ela vive e revive situações complexas que muitos jovens enfrentam diariamente.
“Tenho muito em comum com a Valentina, passamos por muitas coisas semelhantes como chegar à balada, precisar mostrar o RG e o segurança achar que eu tô ‘curtindo’ com a cara dele. Acho que toda mulher trans vai se identificar um pouquinho”, comentou a atriz, em entrevista para o Metrópoles, em setembro.
Antes do Mix Brasil, Valentina recebeu outros prêmios como o de Melhor Interpretação para a performance de Thiessa, no Outfest LA, um dos mais antigos e relevantes festivais LGBTQ dos EUA.
Já no início deste mês, a produção também foi reconhecida com o Prêmio do Público, como Melhor Filme de Ficção Brasileiro, na 44ª Mostra de Cinema Internacional de São Paulo.
Confira mais vencedores do Mix Brasil
Em 2020, o Mix Brasil ocorreu tanto de forma presencial quanto on-line, reunindo 101 filmes de 24 países, cujas obras abordam temas variados, que vão desde a pandemia do novo coronavírus até o preconceito contra a população LGBT.
Coelho de Ouro – Prêmio do Júri da Mostra Competitiva Brasil
- Melhor longa-metragem brasileiro: Valentina, de Cássio Pereira dos Santos
- Melhor curta-metragem brasileiro: A Mordida, de Pedro Neves Marques
Coelho de Prata – Prêmio do Júri da Mostra Competitiva Brasil de Longas
- Melhor direção: Coraci Ruiz, por Limiar
- Melhor roteiro: Cássio Pereira dos Santos, por Valentina
- Melhor interpretação: Thiessa Woinbackk, por Valentina
- Menção honrosa: Mães do Derick, de Dê Kelm
Coelho de Prata – Prêmio do Júri da Mostra Competitiva Brasil de Curtas
- Melhor direção: Victor di Marco e Márcio Picoli, por O que Pode um Corpo?
- Melhor roteiro: Matheus Farias e Enock Carvalho, por Inabitável
- Melhor interpretação: Luciana Souza, por Inabitável
- Menção honrosa: Castiel Vitorino Brasileiro, de Inabitáveis
Coelho de Prata – Prêmio do Público
- Melhor longa-metragem nacional: Valentina, de Cássio Pereira dos Santos
- Melhor longa-metragem internacional: Pequena Garota, de Sébastien Lifshitz
- Melhor curta-metragem nacional: Letícia, Monte Bonito, 04, de Julia Regis
- Melhor curta-metragem internacional: Cauda de Sereia, de Alba Barbé i Serra
Prêmio Canal Brasil de Curtas
- Inabitáveis, de Anderson Bardot
Prêmio SescTV
- O que Pode um Corpo, de Victor di Marco e Márcio Picoli
Prêmio Bolsa Ateliê Bucareste
- Julia Leite, pela fotografia de Letícia, Monte Bonito, 04