Leaving Neverland: filme coloca fãs de Michael Jackson em guerra
Admiradores do astro tentam defendê-lo das acusações de pedofilia contidas no documentário
atualizado
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Leaving Neverland, o polêmico documentário sobre supostos abusos sexuais de Michael Jackson, foi exibido pela HBO americana na madrugada dessa segunda-feira (4/3). O filme volta a lançar suspeita aos casos de pedofilia do Rei do Pop e, como consequência, criou uma guerra entre apoiadores e críticos do cantor morto em 2009.
No filme, dois homens adultos afirmam que teriam sido abusados por Michael Jackson dos sete aos 10 anos. Os crimes teriam ocorrido na década de 1990. O público se dividiu: alguns receberam as denúncias com horror e outros acreditam se tratar de uma armação para difamar o cantor. As faíscas do embate atingiram a apresentadora Oprah Winfrey.
Foi Oprah quem conduziu a entrevista, exibida na noite dessa segunda (4), com Wade Robson e James Safechuck, os dois homens que acusam Jackson. “Toda a raiva, vocês vão receber”, disse ela durante a entrevista. “Vocês vão receber. Eu vou receber. Todos vamos receber”, afirmou. Robson disse que ele já havia recebido ameaças de morte.
Apesar de boa parte dos fãs seguirem acreditando na inocência de Jackson, rádios do mundo inteiro parraram de tocar suas músicas. Nas redes sociais, há diversas críticas ao cantor – abafadas pela hashtag #MJFam, produzida pelo gigantesco fã-clube do artista, que acusa a produção de ser apenas um “caça níquel”.
A família de Michael se pronunciou sobre Leaving Neverland. Os representantes do cantor afirmam que o filme é apenas mais uma tentativa de manchar a reputação do Rei do Pop “com mentiras e difamações”.
Acusações
Em 1994, Michael Jackson chegou a uma acordo em um processo de abuso sexual movido por um garoto de 13 anos. No ano de 2005, na Califórina, o cantor foi inocentado em um julgamento sobre novas acusações de pedofilia.