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Julia Dalavia faz apelo por democracia em première no Festival do Rio

Atriz integra o elenco de O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte, e que se passa durante o período da ditadura militar

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Davi Campana/Festival do Rio
Julia Dalavia no Festival do Rio
1 de 1 Julia Dalavia no Festival do Rio - Foto: Davi Campana/Festival do Rio

Rio de Janeiro – O filme O Pastor e o Guerrilheiro, filme dirigido por José Eduardo Belmonte, teve a sua estreia na 24ª edição do Festival do Rio, nessa quinta-feira (13/10). Inspirada em fatos reais, a obra se passa na década de 1970 e acompanha os dramas de um guerrilheiro e um pastor evangélico, presos na mesma cela durante a ditadura militar. Uma das protagonistas da produção, a atriz Julia Dalavia aproveitou o mote do longa-metragem para exaltar a importância de relembrar o passado na luta por um futuro de mais diálogo e empatia.

“Nesse momento, é um filme muito importante. Fala de uma história que é nossa, de um passado muito recente do nosso país. Muitas pessoas lutaram muito durante a ditadura para que o nosso Brasil pudesse ser o que é hoje, para a gente conquistar a nossa democracia e ter nossos direitos garantidos. O filme mostra como a gente chegou até aqui e para onde a gente vai a partir da decisão que a gente tomar agora”, considera Julia, referindo-se ao voto no segundo turno da eleição para presidente da República.

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Julia Dalavia e Johnny Massaro no Festival do Rio
Equipe de O Pastor e o Guerrilheiro no Festival do Rio
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Cassia Kis e Julia Dalavia em cena de O Pastor e o Guerrilheiro

Davi Campana/Festival do Rio
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Julia Dalavia e Johnny Massaro no Festival do Rio

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Equipe de O Pastor e o Guerrilheiro no Festival do Rio

Davi Campana/Festival do Rio

No filme, Dalavia vive Juliana uma jovem universitária com ideais de esquerda que precisa decidir se aceita a herança do pai, um coronel do exército responsável pela prisão e tortura de presos políticos durante a ditadura militar. “Ela começa o filme com percepções de vida muito arraigadas, porque é o que ela acredita. Ela entra numa jornada de autoconhecimento, e isso muda a perspectiva. Ela termina o filme entendendo questões que ela não tinha acesso antes. No final das contas é sobre de que lugar a gente está formando a nossa opinião. Entender que a nossa realidade não é a única”, explica.

A atriz, que chamou a atenção pela personagem Guta, de Pantanal, afirmou que os próximos meses serão de descanso e proximidade com a família e amigos. “Foi um trabalho muito intenso, viagens, muito tempo longe de casa. Ao mesmo tempo que é transformador fazer o que a gente ama, também é muito preciso para mim esse momento de recolhimento… casulo. Pensar com calma o que vai vir a seguir”, conclui.

*A repórter viajou a convite da organização da 24ª edição do Festival do Rio, evento que acontece até este domingo (16/10).

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