Johnny Massaro aponta caminho para tirar país da selvageria: “Diálogo”
O ator é um dos protagonistas do filme O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte, que estreou na 24ª edição do Festival do Rio
atualizado
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Rio de Janeiro – Johnny Massaro é um dos protagonistas de O Pastor e o Guerrilheiro, que integra a programação da 24ª edição do Festival do Rio. Inspirada em fatos reais, a obra dirigida por José Eduardo Belmonte acompanha os dramas de um guerrilheiro e um pastor evangélico presos na mesma cela durante a ditadura militar. Para o ator, que dá vida ao ativista, o filme carrega a mensagem da importância de diálogo entre divergentes, única maneira de livrar o Brasil da selvageria.
“É muito fácil conversar com quem a gente gosta, com quem pensa parecido. Mas o que a gente está vendo, sobretudo agora, é que o Brasil está dividido e que precisamos olhar para o outro e entender o que queremos como coletivo. Não é através do armamento, não é sufocando a cultura ou tirando a educação como a gente está vendo. Estamos tão impregnados de camadas, de medos, desejos… que acabamos nos dessensibilizando e não damos oportunidade para ouvir o outro, para conversar. Fica uma selvageria que vai levar a gente para onde?”, questiona Johnny.
Além de O Pastor e o Guerrilheiro, o ator integra o elenco de outras duas produções presentes na programação do Festival do Rio: Tiro de Misericórdia e Transe. Johnny Massaro também estreia na mostra como diretor, com o filme A Cozinha.
“Eu sou uma ‘Maria festival’. Eu amo. O Festival do Rio então, que é a cidade onde eu nasci, que eu cresci vendo… eu estudava a programação e via três filmes por dia, é incrível. Eu quero fazer com que ele seja o melhor possível. Eu quero acolher quem não é daqui, quero ver os filmes de todo mundo, ir para as festas…”, comemora.
*A repórter viajou a convite da organização da 24ª edição do Festival do Rio, evento que acontece até este domingo (16/10).