Hora do Massacre: diretores revelam filmes que inspiraram o slasher
O filme de terror, que conta com um jogo de gato e rato, tem estreia nos cinemas marcado para esta quinta-feira (18/7)
atualizado
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Com estreia marcada para esta quinta-feira (18/7), Hora do Massacre promete conquistar fãs do subgênero slasher, que tem foco nas mortes dos personagens. O longa ainda traz um joguinho de gato e rato entre o vilão e os “mocinhos”. O Metrópoles conversou com o coletivo de diretores RKSS, formado pelo trio Yoann-Karl Whissell, François Simard e Anouk Whissell para entender detalhes sobre a obra.
No filme, um grupo de ativistas invade uma loja de móveis após o fim do expediente para protestar contra o desmatamento. O que eles não contavam é que um vigia do local faria da empreitada um verdadeiro terror. O elenco conta com Arthur, Aidan O’Hare, Jacqueline Moré, Charlotte Stoiber, Kyle Scudder, Alessia Yoko Fontana e Tom Gould.
Por conta de sua personalidade sádica, Kevin, que faz a segurança do local com seu irmão, promove um verdadeiro jogo de gato e rato com os ativistas, atraindo os jovens para várias armadilhas.
Qualquer semelhança com Jogos Mortais, contudo, é mera coincidência. Os diretores explicam que Hora do Massacre foi inspirado em clássicos do slasher, como O Homem das Trevas (2016) ou Halloween. “Não somos muito fãs da pornografia de tortura”, explicaram.
Comum em filmes de terror, Hora do Massacre não foge dos jumpscares, aqueles sustos que buscam pegar o espectador de surpresa. Apesar de não estar presente nos pontos altos do filme, a técnica também é vista na produção. Para os um bom filme de terror precisa funcionar como um passeio de montanha-russa.
“Você quer aquelas grandes quedas que irão surpreendê-lo, mas também quer a subida lenta antes dessa queda. Tudo faz parte da “música” de um bom filme de terror. Eu sinto que quando você tem muitos momentos de tensão, um bom susto vai fazer seu coração disparar e fazer você aproveitar aquele passeio”, declararam.
Apesar de inspirações em clássicos do slasher, os diretores de Hora do Massacre buscaram motivação e sequências para fugir da mesmice, até com um final que traz algo novo e te surpreende, entre outros plot twists. Para eles, o terror tem código bem definidos, mas é divertido “torcer, transformar e explorá-lo”.
“Bem, o terror é sempre um pouco um estudo da condição humana. Portanto, enquanto forem humanos, sempre haverá novas histórias para contar”, pontuaram.
O trio ainda relatou que esse foi o filme mais sério que já fizeram, já que outros puxavam um pouco da comédia além do terror, e buscaram fugir da caixa. Apesar do nervosismo por estarem adentrando algo novo, eles relataram que ficaram muito felizes com o resultado e a aceitação do público.
Cena emblemática
A última cena do filme, que acontece já quando tudo parece resolvido, traz uma crítica que foi explicada pelos cineastas como uma metáfora sobre as “armadilhas” que estamos deixando para futuras gerações.
“Mesmo depois que a última armadilha estiver armada, eles continuarão a colocar todas essas coisas embaixo do tapete e vão se livrar disso. Todo mundo vai querer uma saída para a próxima [armadilha], o que é assustador”, explicou o coletivo de diretores.
O longa conta com uma característica marcante que é o prenúncio de cenas importantes. Isso é evidenciado nas ações de Kevin. O trio mostra uma armadilha, por exemplo, que é parte do jogo de gato e rato entre o segurança e os ativistas, e muitas cenas depois alguém ativa o que foi montado pelo vilão.
Para Yoann-Karl Whissell, François Simard e Anouk Whissell, isso é uma coisa ótima para o filme. “Adoramos deixar migalhas de pão em todo lugar. É tudo uma questão de contar a história. Porque sem esse prenúncio, às vezes você pode trazer algo e parecer que está fora do lugar e tudo faz sentido”.
Se você não gosta de spoilers, não leia a partir daqui
Em uma das últimas cenas do filme — lembrando que há algo quando a história principal acaba — a polícia entra na loja de móveis e encontra algo que vai deixar o espectador com uma pulga atrás da orelha: o corpo de todos os mortos agrupados, o que seria impossível, já que os assassinatos acontecem em locais diferentes.
Os diretores deixaram no ar uma possível continuação e que tudo depende da bilheteria e de quanto o filme arrecadar, já que o que move a indústria é a parte empresarial. “Se há dinheiro, há sequências”.
“O único que não está na pilha é o irmão dele. Ele ainda está vivo ou não? É como se ele estivesse morto por enquanto e, você sabe, Jason morreu muito, e voltou muito. Nunca sabe. Talvez ele esteja respirando e não vejamos”.