Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é pedágio divertido para ver Kang
Quantumania traz Homem-Formiga e a Vespa em luta contra o vilão Kang, o que há de melhor no filme
atualizado
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Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (16/2), inaugura a Fase 5 da Marvel e, se me permitem, cristaliza um conceito que está cada vez mais presente no Universo Cinematográfico da Marvel. Trata-se de um filme-pedágio, aquele que você precisa ver (e pagar), mas o importante mesmo é aquilo ainda por vir.
Não é que Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania seja ruim. É apenas uma passagem para o que vem de importante nessa já extensa franquia: Kang. O problema é que o filme de Peyton Reed não avança em muita coisa e passa uma sensação de vazio. Ao final da sessão vem a pergunta: sobre o que é esse filme?
Esse é um problema que alguns filmes da Marvel têm tido nos últimos tempos. Enquanto alguns trazem temas interessantes e perdem força ao terem que ser inseridos na linha do tempo do MCU, outros, como o novo Homem-Formiga, ficam excessivamente presos a necessidade de falar: “Fiquem calmos, o melhor estar por vir”. Uma versão contrária dos fanáticos que ficam gritando “fim do mundo” aqui e ali.
Quantumania tem, e isso é inegável, seus méritos. E, no caso, é certamente o Reino Quântico. A ideia de múltiplo universos em uma escala subatômica permitiu uma criatividade digna de ótimas ficções-científicas – mundos tecnológicos, seres diferentes, costumes não tradicionais. Isso tudo é uma aventura visual que, de vários pontos, lembra os melhores momentos das prequels de Star Wars.
Paul Rudd, cada vez mais à vontade no papel, dá um ar de comédia romântica para o filme, que (respondendo a pergunta lá de cima) é centrado em colocar uma família para enfrenter seus demônios. E, de quebra, conhecerem um ser hiperpoderoso com desejos genocidas – o Kang.
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania consegue divertir, mantém o bom-humor da franquia e cria novos mundos divertidos e intrigantes. Porém, é um filme-pedágio, só uma passagem, e, como os pedágios, ficam para trás rapidinho.