Historiadora Lilia Schwarcz é cancelada por críticas a Beyoncé: entenda
Ela apontou que Black is King, novo filme da cantora, glamoriza luta antirracista. Famosos, como Iza e Ícaro Silva, atacaram a acadêmica
atualizado
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Black is King, filme de Beyoncé, tem gerado as mais diversas reações nas redes sociais e na imprensa – leia aqui a opinião do Metrópoles. Porém, um texto escrito pela historiadora Lilia Schwarcz está sendo bastante criticado.
Lilia Schwarcz, que é uma das principais historiadoras do movimento negro brasileiro, escreveu, na Folha de S. Paulo o seguinte artigo: “Filme de Beyoncé erra ao glamorizar negritude com estampa de oncinha”.
A reação ao texto da historiadora, que, apesar do interesse acadêmico no tema, é uma mulher branca, foi devastadora. De anônimos a famosos, ela sofreu diversas críticas e entrou na lista de “cancelados” das redes sociais.
A cantora Iza, por exemplo, se manifestou sobre o tema. Negra, a artista sempre levanta a questão do racismo em suas apresentações.
“Lilia Schwarcz, meu anjo, quem precisa entender sou eu. Eu preciso entender que privilégio é esse que te faz pensar que você tem alguma autoridade para ensinar uma mulher negra como ela deve ou não falar sobre o seu povo. Se eu fosse você (valeu Deus) estaria com vergonha agora. Melhore”, escreveu Iza.
O ator Ícaro Silva também não aprovou a coluna. “Você é uma grande vergonha. Não somente para o Brasil e para o povo preto, mas para todos os povos aqui presentes. Não vejo por onde defender seu declarado racismo, sua arrogância branca elitista em se dar o direito não somente de reduzir uma obra-prima ao nicho ‘antirracista’, mas em acreditar que tem conhecimento antropológico sobre África”, apontou.
Nas redes sociais, a autora também encontrou alguns defensores de seus posicionamentos. Lilia, ainda, lembrou que o manifesto contra as cotas, assinado por ela em 2006, foi um erro.
Após a repercussão negativa do texto, Lilia Schwarcz pediu desculpas.