Hassum sobre filme virar mais visto em língua não inglesa: “Delicioso”
Leandro Hassum, que lançou Meu Cunhado é Um Vampiro, falou sobre o sucesso internacional do filme da Netflix
atualizado
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Leandro Hassum conseguiu de novo. Meu Cunhado é um Vampiro, filme protagonizado pelo ator e dirigido por Alê McHaddo, é o mais visto de língua não-inglesa do comediante na Netflix. É a 2ª vez que o ator conquista o posto, mas, apesar do feito, ele garante ter o foco da carreira no público brasileiro.
A trajetória de Hassum na Netflix começou com Tudo Bem no Natal Que Vem: a produção natalina também figurou entre os mais vistos de língua não-inglesa e ganhou um remake mexicano, chamado Reviviendo La Navidad.
Mesmo que esteja emplacando sucessos internacionais, o comediante afirma que seu foco é o Brasil – onde, nos cinemas, em uma era pré-streaming, já acumula blockbusters como as franquias O Candidato Honesto e Até que a Sorte nos Separe.
“Eu faço filmes para o povo brasileiro, para o público brasileiro, obviamente. Mas sabendo que a gente está trabalhando em uma plataforma que é vinculada a 190 países, não há como você não pensar que talvez consiga atingir pessoas, principalmente na América Latina, que têm um perfil mais de humor parecido com o nosso”, garante Hassum, em entrevista ao Metrópoles.
De acordo com os números divulgados pela Netflix, Meu Cunhado é um Vampiro superou 11,4 milhões de horas vistas, ficando a frente de produções como Curry com Cianeto (Índia), Agradecimentos e Desculpas (Suécia) e Desencaixados (Índia).
Apesar de não ser o objetivo principal do humorista, bombar fora do país é motivo de comemoração para ele: “Quando você, de repente, vê que essa identificação e essa curiosidade pelas nossas histórias, pelo nosso tipo de humor, atinge outras pessoas, é realmente delicioso”.
Hassum entende que a tal indentificação surge do fato de os projetos de humor brasileiros na Netflix abordarem temas universais, como família e Natal. Vale lembrar que, recentemente, a sitcom A Sogra que Te Pariu, com Rodrigo Sant’Anna, também teve boa performance internacional.
“Muitos países de língua não-inglesa se identificaram com esse Natal de Tudo Bem no Natal Que Vem. Filme de vampiro é uma coisa também universal. Tem uma identificação muito grande, as pessoas se divertem, é um filme de família, que fala de cunhado cunhado. Sogra também é universal, é um tema que tem muita identificação”, avalia Hassum.
Toque de Midas ou trabalho?
Midas, o rei da Frígia, é um personagem da mitologia grega que transformava em ouro tudo em que tocava. Para alguns, o humorista brasileiro tem dom similar, de emplacar sucessos nos seus projetos. Porém, Hassum nega esse fato e atribui os números altos de views e bilheteria ao trabalho.
“O mercado da gente é assim, são ondas. A gente faz um sucesso aqui, faz outro que não emplaca ali; é um processo de experimentação. Mas eu só experimento se acho que vou gostar, se eu acho (olha a palavra de novo) que vou me identificar, e se acho que o público vai se identificar. Não é toque de Midas, nada. Para acertar uma bola no gol, a gente chuta várias”, garante o comediante.