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Premiado, Greice viaja entre Fortaleza e Lisboa com humor e drama

Em entrevista ao Metrópoles diretor Leonardo Mouramateus revela que se inspirou em uma experiência pessoal para escrever o longa

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1 de 1 Foto colorida do filme Greice - Metrópoles - Foto: Reprodução

Após ser premiado como o grande vencedor do 13º Olhar de Cinema e receber aclamação no 53º Festival Internacional de Cinema de Roterdã, o filme Greice, dirigido pelo cearense Leonardo Mouramateus, chegou aos cinemas brasileiros na última quinta-feira (18/7). Rodado em locações de Fortaleza e Lisboa, a trama mistura humor e drama, acompanhando a vida de Greice, interpretada pela atriz Amandyra.

Na comédia romântica, Greice é uma jovem brasileira de 22 anos, estudante da Faculdade de Belas-Artes, a escola superior de ensino artístico mais antiga de Portugal.

Nos primeiros dias do verão Greice se envolve em um estranho acidente que ocorre na festa de recepção dos calouros. Ela precisa, então, voltar à Fortaleza, sua cidade natal, para renovar o título de residência. Escondida num hotel, enquanto evita que sua mãe descubra os apuros em que se envolveu, e contando com a ajuda de alguns amigos, Greice busca um lugar no mundo.

Em entrevista ao Metrópoles, o diretor e roteirista Leonardo Mouramateus revelou que a inspiração para o filme veio de sua própria experiência ao se mudar para Portugal em 2014 para estudar na Belas Artes: “As festas, o ambiente acadêmico e a minha vivência como estrangeiro foram fundamentais para a criação da história”.

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Fortaleza e Lisboa, as duas cidades onde o filme foi rodado, desempenham papéis essenciais na narrativa. “O cinema que eu faço está muito ligado a espaços. Fortaleza e Lisboa aparecem como ambientes de efervescência, de confronto, mas também de uma personalidade muito própria”, explicou o diretor.

Segundo o cineasta, a protagonista Greice foi construída em colaboração estreita com a atriz Amandyra. “O carisma e a lábia indiscutível da Greice são parte de seu trabalho artístico. Mas isso só foi possível por causa da Amandyra. Ela não é simplesmente uma intérprete, é uma criadora”, elogiou Mouramateus.

Recepção calorosa em festivais

O cearense conta que a produção do filme, iniciada em 2015, enfrentou vários desafios. “Manter a paciência e a teimosia foi um desafio enorme”, começou.

“Existem desafios na relação com a estrutura de produção, o dinheiro, a quantidade de pessoas que estão no projeto. Tentar manter uma comunicação que fizesse o filme existir de maneira fluida e que eu, a equipe e o elenco pudéssemos construir o filme da mesma maneira que fiz minhas obras de baixíssimo orçamento – ou seja, em um espírito de conexão muito íntima e completamente mútua”, explicou.

Com uma recepção calorosa em festivais no Brasil e no exterior, Greice também surpreendeu ao vencer três categorias no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, incluindo o prêmio principal, no mês passado. “É interessante ver como pessoas de países tão diferentes conseguem rir daquilo que acontece no filme”, comentou Mouramateus.

Sobre o futuro do cinema, Mouramateus espera por diversidade e continuidade de direitos para os trabalhadores da indústria. “Espero que o cinema brasileiro seja diverso em temáticas, paisagens e modelos de produção, refletindo as vivências de uma sociedade tão diversa como a nossa”, concluiu.

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